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Gabriel Couto com contratos de 145 milhões no Gana

A construtora nortenha tem tradicionalmente uma elevada exposição aos negócios com o continente africano. As empreitadas ganhas no Gana preveem a construção de duas estradas fundamentais para o desenvolvimento económico regional.
  • Reuters
19 Janeiro 2022, 17h50

A Construtora Gabriel Couto viu ser-lhe adjudicado pelo governo do Gana dois contratos no valor de 145 milhões de euros, depois de ter participado num concurso internacional promovido pelo Ministério das Infraestruturas Rodoviárias ganês.

Com 66 quilómetros de extensão, a estrada que liga Tarkwa a Nkwanta, passando por Agona, é a obra de maiores dimensões que terá de ser entregue no prazo máximo de 1.095 dias, equivalente a três anos, refere a construtora em comunicado. Esta empreitada, orçada em 95 milhões de euros, “é vital para o desenvolvimento destas três cidades, bem como para a dinamização económica do país, especialmente no que respeita à exportação de minérios”.

Tarkwa é conhecida por possuir e dar o nome a uma grande mina de ouro a céu aberto, uma das maiores do sul do Gana, onde são produzidas aproximadamente 24 toneladas de ouro por ano e ainda a mina de ouro Iduapriem localizada a 10 quilómetros do sul da cidade. Agilizar o transporte do ouro para acelerar a sua exportação é vital para a economia do país e equilibrar a balança comercial.

Em simultâneo, a Gabriel Couto vai reconstruir também a estrada que liga Bechem a Akumadan, numa distância de 40 quilómetros, que deverá estar concluída em 730 dias. Este investimento de 50 milhões nesta infraestrutura “é também muito relevante no desenvolvimento económico da região, marcada predominantemente pela produção agrícola. Localizada na zona central do Gana, esta área é muito rica em produção de tomate e outros produtos agrícolas que necessitam de ser escoados para zonas mais carenciadas do país”.

Para a Gabriel Couto, “é mais um concurso internacional que ganhou numa área do globo onde as necessidades são muitas, mas também é muito forte a presença das grandes construtoras mundiais”.

Recorde-se que a construtora portuguesa está na Zâmbia e Moçambique, países da África Oriental, tendo concluído nos últimos anos várias empreitadas em Essuatíni, ex-Suazilândia, na África Austral. Agora, a empresa de Famalicão regressa à África Ocidental, depois ter estado no Senegal.

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