"Com uma câmara falida, não hesitei, nem mesmo por um segundo, em iniciar aí um investimento que desse aos nossos bombeiros as condições de que precisavam", declaração proferida esta manhã pelo presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz na cerimónia do 91.º aniversário dos Bombeiros Sapadores de Santa Cruz.

Filipe Sousa reforçou esta manhã, na Camacha, o orgulho na companhia de Bombeiros Sapadores de Santa Cruz e lembrou o muito investimento encetado e realizado pelo seu executivo em prol deste corpo de bombeiros, nomeadamente expondo as condições precárias que o quartel oferecia e que foram melhoradas e a própria profissionalização do Comando.

"Temos hoje uma Companhia de bombeiros com melhores condições de trabalho, com mais meios, com orgulho em si mesma e, sobretudo, com maior capacidade de servir a população que é, no fundo, a grande missão de qualquer Companhia de Bombeiros", começou por referir o autarca.

"Em nove anos, não há que negar que tudo o resto mudou e mudou para melhor. Há nove anos encontrei estes homens com o mesmo espírito que ainda hoje os anima, mas este era habitado pelas inúmeras faltas que o quartel dos então Bombeiros Municipais de Santa Cruz tinha", corroborou.

"Ao nível do edifício, o que encontrámos era até ofensivo para este homens sempre dispostos a estar na linha da frente do socorro à população, mas que tinham um quartel onde chovia dentro, meios que escasseavam e nem fardas tinham que expressassem para fora o brilho que estes homens sempre carregaram por dentro de si mesmos. Com uma câmara falida, não hesitei, nem mesmo por um segundo, em iniciar aí um investimento que desse aos nossos bombeiros as condições de que precisavam, o estatuto que mereciam, e toda uma série de mudanças que correspondessem à importância da nobre missão que abraçam", sustentou.

"Em Santa Cruz, gostamos de cumprir a Lei, mas gostamos também de reconhecer quem trabalha"

Assim, Filipe Sousa referiu várias das melhorias, destacando-se o reforço dos meios técnicos, "dos meios de proteção individual e, finalmente, de reforço do índice remuneratório destes profissionais. Lembro aqui que, ao contrário de concelhos maiores e também com maiores orçamentos, a passagem de bombeiros municipais a Sapadores foi feita com a imediata adaptação do índice remuneratório. Há quem ainda esteja a marcar passo, fazendo-o por etapas, como a lei realmente permite, mas, em Santa Cruz, gostamos de cumprir a Lei, mas gostamos também de reconhecer quem trabalha, de servir quem precisa e de fazê-lo com justiça", deixou o recado.

"Se temos Sapadores temos de os ter de corpo inteiro e isto passa por fazer corresponder o nome à função na sua totalidade. Não temos meios Sapadores, não temos meios percursos cumpridos, não temos meras designações vazias", afirmou.

Romina Barreto