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Ucrânia: PM finlandesa e Zelensky assistem a velório de soldado morto em Bakhmut

JM-Madeira

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Data de publicação
10 Março 2023
17:49

A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, assistiu hoje com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao velório realizado em Kiev do carismático voluntário ucraniano Dmytro Kotsiubailo, conhecido como "Da Vinci", morto na batalha de Bakhmut aos 27 anos.

Acompanhada pelo líder ucraniano, Marin apresentou condolências à família do jovem, que se alistou no exército em 2014 para defender a integridade territorial da Ucrânia dos separatistas apoiados por Moscovo no leste do país, e colocou um ramo de flores junto do seu caixão no Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas.

A primeira-ministra finlandesa homenageou também a memória dos milhares de soldados, voluntários e polícias que tombaram desde 2014 na defesa do território ucraniano contra as milícias separatistas e o exército russo no muro em torno deste mosteiro, no centro de Kiev, onde se realizou o velório de "Da Vinci".

Coincidindo com a visita da primeira-ministra finlandesa à capital da Ucrânia, que tem manifestado um apoio constante à defesa ucraniana, o Governo da Finlândia anunciou um pacote de ajuda a Kiev no valor de 29 milhões de euros que servirá para reforçar os sistemas de saúde e educação do país invadido pela Rússia em fevereiro do ano passado.

A Finlândia, país que faz fronteira com a Rússia, pediu a adesão à NATO em maio do ano passado, na sequência da ofensiva militar russa no território ucraniano.

O jovem combatente homenageado por Sanna Marin morreu no dia 07 de março perto da cidade de Bakhmut, localizada no leste da Ucrânia, onde decorre uma longa batalha há meses, com elevadas baixas de ambas as partes.

"Da Vinci" era muito popular na Ucrânia e foi lembrado por Zelensky no seu discurso diário à nação no dia da sua morte.

"Um daqueles jovens heróis da Ucrânia cuja história pessoal, caráter e coragem se tornaram para sempre o caráter e a coragem da Ucrânia", disse Zelensky, observando que "Da Vinci" lutou pela "independência e dignidade" do país desde 2014.

Após o serviço religioso em que participou a primeira-ministra finlandesa, milhares de cidadãos ucranianos despediram-se do militar pela última vez na Praça da Independência, no centro de Kiev.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.173 civis mortos e 13.620 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Lusa

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