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Sindicato dos pilotos chega a um pré-acordo com a TAP

O SPAC destaca do pré-acordo obtido com a TAP, que está sem CEO com poder deliberativo, a cessação da intenção de despedimento coletivo e as mesmas medidas aplicadas recentemente a outras classes profissionais.

Maria João Babo mbabo@negocios.pt 20 de Março de 2023 às 19:56

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) adianta, num comunicado interno enviado esta segunda-feira aos seus associados que chegou a um "pré-acordo possível" com a TAP, "numa altura que esta se encontra sem CEO com poder deliberativo", o qual será "oportunamente apresentado, debatido e votado em sede própria".

A estrutura sindical salienta desse entendimento, na nota a que o Negócios teve acesso, a cessação da intenção do despedimento coletivo, o pagamento da assistência geral no aeroporto e simuladores, as mesmas medidas aplicadas recentemente a outras classes profissionais e a nova tabela de ajudas de custo a partir do mês de abril, "com a abertura para regressar ao modelo anterior, caso este não se revele favorável aos pilotos", entre outras matérias.

"Sabemos que muito há ainda a fazer e que muitos de vós verão as medidas como insuficientes, mas acreditamos que estas melhoram substancialmente, agora, a posição dos pilotos", diz o SPAC na nota em que assegura que "está e estará de boa fé e quer dar um voto de confiança ao novo administrador executivo, que será brevemente indigitado".

Aos associados, o sindicato recorda que "tem defendido a ideia da necessidade de contratação de pilotos, sustentada pela frequência sistemática da TAP em recorrer a atropelos e a interpretações recentes e duvidosas do Acordo de Empresa, para viabilizar a operação deficitária que desenhou" e que, por este motivo, "não ficámos surpreendidos quando nos informaram que a TAP iria contratar em 2023".


"Assim sendo, e porque com a admissão de novos pilotos, restringida legalmente apenas na situação de lay-off, verificar-se-iam, mais uma vez, situações de injustiça flagrante, que para além de imorais são a nosso ver intoleráveis", o SPAC refere ter exigido junto da TAP que fosse "reposta justiça face à contribuição dos pilotos", principalmente "pelos pilotos que, apesar de reintegrados, ainda são alvo de um processo de despedimento coletivo, e também pelos mais novos na empresa que, fruto do congelamento das suas progressões, teriam o seu salário igual aos que agora nela ingressam".


O sindicato destaca ainda no comunicado interno a cedência da empresa "a melhores condições de trabalho já feita a outras classes profissionais, indo ao encontro de expectativas mais favoráveis do que as que ainda mantém para os pilotos", para explicar que por estas razões "foram realizadas várias reuniões no sentido de repor o poder de compra dos pilotos sem quaisquer contrapartidas para a empresa".

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