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Lucros da Altri crescem 23% em 2022 para 152,1 milhões

A Altri registou, em 2022, resultados líquidos das operações continuadas de 152,1 milhões de euros, um aumento de 23% em relação ao período homólogo, adiantou o grupo hoje, em comunicado.

Lucros da Altri crescem 23% em 2022 para 152,1 milhões
Notícias ao Minuto

17:14 - 23/03/23 por Lusa

Economia Altri

"O desempenho financeiro do grupo Altri foi influenciado pelo volume de produção de fibras, pela evolução das vendas, mas principalmente pela alta dos preços nos mercados internacionais", adiantou a empresa, acrescentando que "as receitas totais, que incluem outros rendimentos, atingiram os 1.066,2 milhões de euros, um crescimento de 34,4% face a 2021".

A empresa destacou que foi a primeira vez que as vendas ultrapassaram a fasquia dos mil milhões de euros.

Por outro lado, o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu os 301,4 milhões de euros em 2022, "um aumento de 32,4% face a 2021" e registando "uma margem de EBITDA de 28,3%, o que se traduz numa redução de 0,4 p.p. [pontos percentuais] face ao período homólogo, apesar da forte inflação dos diversos custos variáveis sentida durante o ano passado", referiu.

A Altri, através da Caima, Celbi e Biotek, "apresentou um volume total de fibras celulósicas produzidas recorde de 1.142,6 mil toneladas, 1,5% acima do registado no ano anterior".

Segundo o grupo, o volume total de pasta produzida no quarto trimestre atingiu as 290,4 mil toneladas, "11,8% acima do trimestre homólogo e em linha com o trimestre anterior, apesar da paragem programada ocorrida na Caima".

No último trimestre do ano passado, o resultado líquido das operações continuadas da Altri "atingiu cerca de 34,7 milhões, um crescimento homólogo de 4,3%", sendo que "esta evolução mais moderada do resultado é explicada pela evolução negativa dos 'hedges' cambiais, assim como do aumento da taxa de imposto efetiva no trimestre, fatores que foram, ainda assim, compensados no lado operacional", referiu a empresa.

No mesmo período, o EBITDA atingiu os 78,1 milhões de euros, uma subida de 57,3% face ao mesmo trimestre do ano anterior, indicou a empresa.

No ano passado, a Altri aumentou em 73,5% o investimento. "Depois dos 26,1 milhões de euros investidos em 2021, o investimento líquido total realizado em 2022 foi de 45,3 milhões, incluindo cerca de 10,3 milhões de euros da nova caldeira de biomassa para a unidade industrial da Caima", referiu, revelando ainda que "o investimento líquido total no quarto trimestre atingiu os 10,5 milhões" de euros.

De acordo com a Altri, "apesar do reforço do investimento para maximizar a eficiência das operações, mas também dos dividendos entregues aos acionistas, incluindo os 37,2% do capital da Greenvolt, o endividamento líquido" do grupo reduziu-se.

Assim, a dívida líquida fixou-se em 325,8 milhões de euros no final de 2022, uma redução em relação a 344,0 milhões no final de 2021.

Nas suas perspetivas para este ano, a Altri disse que "o mercado global de fibras celulósicas está num processo de normalização", referindo que "depois de um comportamento bastante forte em 2022, a Europa mostrou algum abrandamento perto do final do ano e no início de 2023".

Por outro lado, "a China, depois de períodos sucessivos e prolongados de confinamento, diminuiu as medidas restritivas durante o último trimestre de 2002", recordou, sendo que o grupo acredita "que a reabertura da economia chinesa poderá ter um impacto relevante na procura global de pasta a partir do segundo trimestre de 2023".

A Altri destacou também que, em termos de oferta, e "com uma maior normalização da logística global" muitas das "restrições para abastecer partes do globo nos últimos anos, estão ultrapassadas" e que, por isso, "alguma reação positiva do mercado chinês poderá ser abastecida pelo mercado da América e contribuirá para absorver a grande parte da capacidade dos novos projetos, sediados na América Latina, que poderão começar a chegar ao mercado durante a segunda metade de 2023".

Depois de um ano "extremamente desafiante a tentar minimizar o efeito de uma inflação generalizada dos custos variáveis, começámos a verificar alguma estabilização dos preços no quarto trimestre de 2022 e no início de 2023", disse a empresa.

Para a Altri, "os principais fatores para o acréscimo relevante no custo de produção foram a evolução do preço do gás natural e eletricidade, o preço dos químicos e o custo da madeira, devido ao maior nível de importação e à evolução do dólar".

Por fim, em relação ao projeto Gama, na Galiza, o grupo "continua a trabalhar com o objetivo de anunciar a decisão final de investimento relativa à construção de uma unidade industrial de raiz, com uma capacidade produtiva anual de 200.000 toneladas de pasta solúvel e fibras têxteis sustentáveis", estando a avançar no estudo de impacto ambiental, projeto de engenharia, viabilidade económica, estrutura de financiamento e acesso a fundos da União Europeia, referiu.

Leia Também: Bolsa de Lisboa inverte tendência e cai, com Altri a descer 1,29%

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