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Bank of America alerta para crise de liquidez no mercado cambial no final deste ano

Os analistas acreditam que os efeitos da concessão restritiva dos empréstimos bancários ainda não se repercutiu totalmente na economia. Durante este mês, o "spread" entre os preços de compra e venda das principais moedas aumentaram.

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Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 29 de Março de 2023 às 19:49

O Bank of America (na sigla inglesa BofA) alerta que o mercado cambial está vulnerável e aponta para a possibilidade de este atravessar uma crise de liquidez no final deste ano, de acordo com uma nota de "research" citada pela Bloomberg.

 

"O efeito desfasado da restrição do crédito bancário ainda não se manifestou totalmente", consideram os analistas do banco de investimento. Além disso, na ótica do BofA , o ciclo económico está a "entrar numa fase de contração", para depois passar para uma fase de crescimento.

 

Embora as autoridades, quer norte-americanas quer europeias, tenham conseguido acalmar os mercados, existe a possibilidade de a volatilidade voltar a aumentar nos próximos meses, sobretudo se a inflação se mantiver elevada.

 

"Se a inflação for excessivamente persistente, a liquidez no mercado ‘spot’ irá ser testada mais uma vez", anteveem os especialistas Michalis  Rousakis e Howard Du.

 

Durante o mês de março, o "spread" entre os preços de compra e venda das principais moedas aumentaram. Ainda assim, este movimento teve um impacto limitado no mercado, segundo o BofA, que para esta conclusão recorreu ao seu próprio indicador de volume de opções.

 

Apesar do aumento deste "spread", o indicador ficou abaixo dos níveis de setembro, quando o dólar subiu impulsionado pela política monetária "hawkish" da Reserva Federal (Fed) norte-americana e pela agitação em torno do míni-orçamento do Reino Unido.

 

Apesar de os mercados terem saído praticamente ilesos da turbulência no setor bancário que se fez sentir nos últimos dias, a volatilidade implícita dos pares compostos pelas principais moedas do mercado escalou este mês, com o dólar a ser pressionado pela preocupação em torno do fecho de portas do Silicon Valley Bank, Silvegate e Signature Bank, e com o iene a subir enquanto moeda-refúgio.

 

Ainda assim, os analistas do BofA frisam que a volatilidade "está longe dos níveis de crise". Por exemplo, a volatilidade implícita do câmbio euro-dólar manteve-se abaixo do registado no final do ano passado, quando renovou máximos de 2020, à medida que se intensificava a procura pela nota verde.

 

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