Quais ações podem subir mais com projeção de queda dos juros? Itaú BBA traça paralelo com 2016 e recomenda ativos

Ações de Eztec, Localiza, Renner, B3 e Totvs são recomendadas pelos estrategistas do BBA em um cenário que vislumbra corte de juros

Equipe InfoMoney

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O arcabouço fiscal, cujo anúncio é feito nesta quinta-feira (30), foi esperado com ansiedade pelo mercado e leva a um avanço do Ibovespa de mais de 1% e queda dos juros e do dólar.

Conforme destaca o Itaú BBA, as perspectivas para as taxas de juros no Brasil permanecem incertas devido a uma série de fatores, incluindo os desdobramentos da nova regra, evolução das expectativas para a inflação brasileira e dinâmica da taxa dos EUA.

Neste contexto, o anúncio foi bastante esperado por ser um fator importante que pode levar a uma baixa dos juros. Segundo apresentação do governo, a proposta terá uma trava para impedir que os gastos federais cresçam mais do que a arrecadação, mas contará também com um limite mínimo para a evolução das despesas, em regra que contará com metas flexíveis para o resultado primário.

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A medida estabelece que as despesas públicas não poderão crescer mais do que 70% da variação das receitas. A regra de gasto será combinada ao mecanismo da meta de resultado primário — alvo a ser perseguido pelo governo levando em conta a diferença entre receitas e despesas, sem considerar o gasto com juros da dívida pública.

Em uma inovação, a meta fiscal terá bandas para cumprimento, uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos. Caso essas bandas sejam desrespeitadas em determinado ano, haverá uma limitação mais forte para o crescimento das despesas no exercício seguinte.

Pela norma proposta, se houver descumprimento da meta, o limite de alta das despesas será reduzido para 50% do crescimento da receita no ano seguinte. No sentido contrário, resultados primários acima do teto da banda permitirão a utilização do excedente para investimentos públicos. A apresentação do Ministério da Fazenda informa ainda que haverá um piso para investimentos públicos.

Com base na visão sobre o novo anúncio e possível cenário de queda de juros a partir de regras fiscais críveis, os estrategistas do Itaú BBA destacaram possíveis ações beneficiadas neste cenário.

O BBA comparou o desempenho do Ibovespa com a taxa Selic e a taxa de 10 anos dos títulos do governo e encontrou uma alta correlação histórica entre taxas de juros e o desempenho do benchmark da Bolsa. Trazendo para 2016, o banco destaca que o índice começou a ter bom desempenho em janeiro daquele ano, quando o título de 10 anos estava precificando cortes da Selic. As taxas começaram a ser cortadas apenas em novembro de 2016, mas o Ibovespa já acumulava alta de 53% desde então. Atualmente, há perspectiva de corte de juros a partir do segundo semestre de 2023.

A partir daí, os estrategistas do banco realizaram duas análises diferentes:

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i) listaram as 20 empresas do Ibovespa com melhor desempenho de janeiro de 2016 a janeiro de 2020 (quando o juro do título de 10 anos começou a cair até o início da pandemia); e ii) listaram as 20 empresas com melhor desempenho do Ibovespa de novembro de 2016 a janeiro de 2020 (quando a Selic começou a cair até o início da pandemia).

Na primeira análise, de janeiro de 2016 a janeiro de 2020, os melhores desempenhos foram de: Magazine Luiza (MGLU3, PRIO (PRIO3, Gol (GOLL4), Bradespar (BRAP4), Usiminas (USIM5, Via (VIIA3), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Localiza (RENT3), EzTec (EZTC3) e Eletrobras ON (ELET3).

Na segunda análise, de novembro de 2016 a janeiro de 2020, os melhores desempenhos foram de: Magazine Luiza (MGLU3), PRIO (PRIO3), Banco Pan (BPAN4), Gol (GOLL4), EzTec (EZTC3), Localiza (RENT3), Alpargatas (ALPA4), Cyrela (CYRE3), Via (VIIA3) e Natura & Co (NTCO3).

Os estrategistas do BBA ainda recomendaram no cenário atual cinco ações em um cenário de corte de juros: EZTC3, RENT3, Lojas Renner (LREN3), B3 (B3SA3) e Totvs (TOTS3).

Confira abaixo as 20 melhores performances entre janeiro de 2016 e janeiro de 2020 (primeiro quadro) e entre novembro de 2016 e janeiro de 2020 (segundo quadro), conforme elaborado pelo Itaú BBA: