O ouro avançou nesta quinta-feira, 30, de olho em sinais de demanda na China e frente ao impasse sobre a precificação para a próxima decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Segundo analistas, a perspectiva de juros mais baixos simultaneamente a uma possível recessão nos Estados Unidos sustenta os preços do metal precioso, visto como ativo de segurança.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,66%, a US$ 1.997,70 por onça-troy.

Em relatório, a Oanda aponta que ouro chegou a devolver alguns dos seus ganhos recentes, mas permanece em nível alto devido às expectativas para taxas de juros do banco central americano.

“Investidores veem danos nos mercados de crédito que farão o trabalho do Fed e talvez até levem a economia à recessão, exigindo vários cortes nas taxas no final do ano”, analisa a consultoria. Neste cenário, o ouro poderia voltar a operar acima de US$ 2.000 a onça-troy ou alcançar novas altas históricas por volta de US$ 2.070, acredita a Oanda.

O Commerzbank aponta que o metal precioso não deve voltar a níveis por volta de US$ 1.800 a onça-troy no curto prazo, considerando que, mesmo mantendo o aperto monetário, o Fed não deve subir juros conforme previsto antes da turbulência bancária.

No radar, o premiê chinês Li Qiang afirmou nesta quinta que a recuperação econômica ganhou força em março e tranquilizou empresas estrangeiras sobre o compromisso de Pequim em se abrir ao mundo, renovando expectativas de demanda.