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AZUL4 ou GOLL4? Confira a análise das ações e veja qual pode decolar na Bolsa

Papéis da Azul (AZUL4) acumulam valorização de 53% em 2023, enquanto os da Gol (GOLL4) sobem 13,35%

Rodrigo Petry

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Muito penalizado durante o período da pandemia, o setor aéreo começa a dar a volta por cima na Bolsa de Valores, com o valor das ações da companhias disparando neste ano.

As ações da Azul (AZUL4) acumulam valorização de 53% neste ano e, em maio, subiram 54,7%. Nesta quarta-feira (31), os papéis avançaram 4,98%, encerrando cotados a R$ 16,85.

Enquanto isso, as ações da Gol (GOLL4) subiram 13,35% até agora em 2023, sendo que em maio a alta chegou a 25,3%. Apenas nesta quarta-feira (31), os papéis da aérea evoluíram 3,48%, a R$ 8,32.

Em março, trouxemos a batalha técnica das ações das duas companhias, após dispararem até 74% em uma semana, após a divulgação de resultados, prévias operacionais e renegociações de dívidas.

Como se vê, portanto, as ações das companhias aéreas vêm decolando e aterrissando bastante ao longo dos últimos meses, mas concluíram maio entre as maiores valorizações da Bolsa.

Dito isso, analistas técnicos consultados pelo InfoMoney traçaram as perspectivas para os papéis das duas aéreas, buscando identificar qual delas está com as melhores perspectivas. Confira!

Análise técnica das ações: AZUL4

Começando pela Azul, o analista Rodrigo Paz, do PagBank, aponta que, no curto prazo, as ações desta aérea estão em tendência de alta, “com médias inclinadas para cima e com a formação de topos e fundos ascendentes.”

Para seguir neste movimento de alta, avalia Paz, será necessário ao papel romper a resistência, na faixa de R$ 18,59, para então buscar nova resistência, nos R$ 22,41, mirando alvo mais longo nos R$ 26,19.

Segundo ele, em um eventual movimento vendedor, a atenção se volta à região de médias em R$ 13,64 R$ 13,03, que, se rompidas, pode levar o papel à faixa de R$ 9,70.

Confira o gráfico diário de curto prazo de AZUL4

Fonte: trvd. Elaboração: Rodrigo Paz

Em uma visão de médio prazo, com base na análise do gráfico semanal, Paz acrescenta que a Azul rompeu a linha de tendência de baixa, revertendo a tendência de médio prazo, mostrando potencial para valorização.

“Diante desse cenário, agora será necessário romper resistência nos R$ 19,59, superando esta faixa o alvo será na faixa dos R$ 28,88 a R$ 29,84“, diz.

Diante das recentes altas, porém, podem ocorrer correções. “Vale atenção à região de médias nos R$ 13,45/ R$ 11,49, que, caso seja rompida, poderá buscar a faixa de suporte nos R$ 9,33“, acrescenta Paz.

Confira o gráfico diário de médio prazo de AZUL4

Fonte: trvd. Elaboração: Rodrigo Paz

Rompimento de LTB

Para Matheus Lima, analista da Top Gain, as ações da Azul vêm rompendo topos anteriores, gerando um pivô de alta, sinalizando, portanto, a reversão da tendência anterior, que era de queda.

“Vale notar que houve um movimento de rompimento da LTB (linha de tendência de baixa) traçada pelo topo anterior, até a mínima deixada próxima a R$ 8,70. No entanto, outro nível de preço deve ser observado com atenção: o R$ 18,18, que marca uma consolidação anterior, deixada por um topo relevante antes de seguir caindo forte, em outubro de 2022. O rompimento deste patamar, assim, reafirma uma reversão ainda mais forte, trazendo novos horizontes de alta para o papel”, completa Lima.

Ações da Azul: 2020 a 2023

Fonte: trvd. Elaboração: Matheus Lima

Teste de resistência

Na avaliação de Alexandre Milen, analista e CEO da Harami, a tendência das ações da Azul, no longo prazo, é de indefinição, posto que, neste exato momento, seu preço testa uma linha de resistência, em R$ 15,90, com a próxima resistência em R$ 19,60 e suporte em R$ 12,30.

Gráfico Semanal da Azul

Fonte: trvd. Elaboração: Alexandre Milen

Sobre o médio prazo, Milen aponta que as ações estão com tendência de alta, devido à existência de Breakaway Gap, ou Gap de Fuga [veja no gráfico acima], confirmado pelo aumento do volume negociado do papel e, caso consiga confirmar o rompimento da resistência, em R$ 15,90, os seus preços poderão chegar na região dos R$ 19,60.

Tendência semelhante se encontra no curto prazo, de alta, pelo cruzamento de médias móveis cruzadas para compra desde o pregão de 10 de maio deste ano [veja no gráfico abaixo], com próximas resistências em R$ 15,90 e R$ 19,60.

Gráfico Diário da Azul

Fonte: trvd. Elaboração: Alexandre Milen

Ainda sobre a Azul, Enrico Cozzolino, head de análise da Levante, destaca que as ações da aérea, como característico do setor, apresentam grande volatilidade histórica e pouca definição de tendência de longo prazo, uma vez que topos e fundos seguem um padrão de aleatoriedade.

“No curto prazo, uma tendência de alta se forma diferente do seu par Gol, já que Azul negocia acima da média longa de 200 períodos”, diz ele.

Conforme o analista, um cenário otimista para as ações estaria no “rompimento das máximas recentes e continuidade da tendência de curto prazo de alta”.

Ao contrário, no pessimista, estaria uma “queda de volume comprador e fechamento abaixo da média longa de 200 do gráfico diário”.

Para a Levante, os pontos de suporte são R$ 14,50 (1) e R$ 13,00 (2), enquanto as resistências estão em R$ 17,60 (1) e R$ 21,00 (2).

Leia também:

Análise técnica das ações: GOLL4

Indo para Gol, o analista Rodrigo Paz, do PagBank, avalia que, no curto prazo, o ativo buscando recuperação compradora, com médias para cima e com a formação de topos e fundos ascendentes.

“Para seguir movimento de alta será necessário romper resistência nos R$ 8,68, para então buscar a faixa dos R$ 10,27/10,95, com alvo mais longo nos R$ 12,20“, acrescenta.

Conforme ele, em um eventual movimento vendedor, a atenção se volta à região de médias nos R$ 8,04/ R$ 7,59, que, se rompido, poderá buscar faixa dos R$ 5,88/ R$ 5,50.

Confira o gráfico diário de curto prazo de GOLL4

Fonte: trvd. Elaboração: Rodrigo Paz

Por sua vez, no médio prazo, pelo gráfico semanal [veja abaixo], GOLL4 busca firmar movimento altista, após as baixas recentes, “com médias cruzadas e inclinadas para cima e com entrada de bom volume nas últimas semanas”.

Diante desse cenário, acrescenta ele, rompendo a faixa de R$ 8,68, o alvo será em R$ 12,20, com alvo mais longo na média de 200 períodos, em R$ 18,60.

“Vale atenção a região de médias nos R$ 7,43/ R$ 6,92, que, caso seja rompida, poderá buscar a faixa de suporte nos R$ 5,50/ R$ 5,03“, analisa.

Confira o gráfico diário de médio prazo de GOLL4

Fonte: trvd. Elaboração: Rodrigo Paz

Matheus Lima, da Top Gain, pontua que as ações de Gol encontram-se em uma situação semelhante às da Azul, “vindo de uma forte movimentação de queda nos últimos meses, respeitando a frequência de padrão de uma LTB.”

“A ação alcançou exatos patamares de preço em que negociava durante o período de pandemia, em 2020, a R$ 4,87. Foi neste preço que a queda mais recente chegou, ao fim em janeiro deste ano, dando início ao movimento de reversão de tendência, porém ainda tentando romper topos anteriores relevantes, apesar de já ter rompido a LTB”, avalia.

Para Lima, o preço de R$ 8,46 é a resistência em que as ações da Gol se encontram neste exato momento. “Se romper esse preço, pode buscar patamares de R$ 11,70, onde encontra-se a próxima resistência formada por topos anteriores”, completa.

Ações da Gol: 2020 a 2023

Fonte: trvd. Elaboração: Matheus Lima

Longo prazo de baixa e curto de alta

Para Milen, as ações da Gol (GOLL4) estão em tendência de baixa no longo prazo, devido à existência de uma forte LTB (linha de tendência de baixa), confirmada pelas médias móveis cruzadas para venda e zona de suporte de preços na casa de R$ 5,90.

Gráfico semanal da Gol

Fonte: trvd. Elaboração: Alexandre Milen

Enquanto isso, no curto prazo [veja gráfico abaixo], destaca Milen, a tendência do ativo é de alta.

“Isto se comprova pelo cruzamento de médias móveis cruzadas para compra desde 10 de maio de 2023, bem como pela formação de um clássico triângulo ascendente, que se rompido poderá fazer com que os preços alcancem a casa dos R$ 10,96, o que é confirmado pela tendência ADX em plena ascensão”, pontua.

Gráfico diário da Gol

Fonte: trvd. Elaboração: Alexandre Milen

Por fim, sobre Gol, Enrico Cozzolino, head de análise da Levante, ressalta que os papéis têm apresentado um comportamento histórico de alta volatilidade e ausência de uma tendência clara de longo prazo.

“Ao analisarmos uma janela de tempo mais curta, identificamos um padrão de tendência de baixa, uma vez que os topos e fundos têm seguido uma trajetória descendente, e os indicadores técnicos apontam para baixo”, diz.

No entanto, acrescenta ele, sobre o curto prazo, é necessário aguardar uma confirmação de tendência, por meio de um fechamento acima da média móvel de longo prazo de 200 períodos. “Caso isso ocorra, poderíamos observar a configuração de uma tendência de alta”, disse.

Cozzolino entende, como um cenário otimista para as ações, o fechamento acima da média de 200 períodos, pelo gráfico diário, com formação de pivô de alta. Do contrário, em um cenário pessimista, estaria a continuidade da tendência primaria de baixa, com renovação das mínimas recentes.

Para a Levante, os pontos de suporte de GOLL4 são os R$ 8,06 (1) e R$ 7,53 (2), enquanto as resistência estão em R$ 8,40 (1) e R$ 9,22 (2).