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Ouro pula mais de 1% e estabelece novos máximos históricos

O metal precioso continua a valorizar, tendo estabelecido novos máximos históricos ao tocar nos 2.265,73 dólares por onça esta segunda-feira. Só em março, ganhou mais de 9%.

Apesar da fraca procura por ouro no último ano, um dólar mais fraco poderá alterar esta situação.
Mike Segar/Reuters
Sílvia Abreu silviaabreu@negocios.pt 01 de Abril de 2024 às 08:47
O ouro escala mais de 1% esta segunda-feira, impulsionado pelas perspetivas de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana está mais perto de começar a cortar os juros. 

A expectativa acentuou-se após a divulgação do índice de preços nas despesas de consumo das famílias (PCE, na sigla em inglês), divulgado na quinta-feira. O indicador acelerou ligeiramente para 2,5% face a fevereiro do ano anterior e, em termos mensais, a subida foi de 0,3%, abaixo dos 0,4% em janeiro. Em ambos os casos, manteve-se em linha com as expectativas do mercado.

Na primeira sessão em que os investidores reagem ao PCE de fevereiro, assim como às declarações de Jerome Powell, presidente da Fed, o ouro sobe 1,36% para 2.260,16 dólares por onça. Isto depois dedurante a manhã ter chegado a tocar no 2.265,73 dólares por onça, estabelecendo um novo máximo histórico.

O presidente do banco central dos EUA disse que o indicador esteve "em linha com as expectativas" da autoridade monetária e, apesar de ter sinalizado que o alívio na inflação ainda não chega para cortar juros, o otimismo manteve-se.

O metal precioso tem beneficiado de uma série de acontecimentos nos últimos meses. Só em março ganhou mais de 9%, à boleia das perspetivas de um alívio da política monetária e de um agravamento das tensões geopolíticas no Médio Oriente e na Ucrânia. 

O ouro tem também beneficiado de uma forte compra por parte dos bancos centrais, sobretudo na China, onde os consumidores têm reforçado a aposta na matéria-prima.

"Os dados da inflação e os comentários de Powell em particular, deram um novo impulso ao ouro, com o mercado a tornar-se cada vez mais convencido de que a Fed vai começar a cortar os juros em junho", afirmou Warren Patterson, responsável pela estratégia para as "commodities" na ING Groep, em declarações à Bloomberg.



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