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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Setor de energia tem receio de se ver sub-representado em diretoria da Aneel

Dois membros da nova diretoria foram nomeados; até agosto, vence o mandato dos outros três

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A substituição dos cinco diretores da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) até o fim deste ano gera receio de sub-representação em entidades empresariais.

Dois membros da nova diretoria foram nomeados e aguardam aprovação do Senado. Até agosto, vence o mandato dos outros três.

“Os diretores devem ter perfil técnico. Quem não tem estofo fica vulnerável e sujeito a pressões políticas”, diz Edvaldo Santana, ex-diretor da Aneel, hoje na Abrace (associação de consumidores livres).

A preocupação aumentou, diz ele, depois da nomeação de Moreira Franco para o Ministério de Minas e Energia —o mercado esperava o nome de Paulo Pedrosa, ex-secretário-executivo da pasta.

“É enorme o risco de pôr a perder o marco regulatório e a privatização da Eletrobras, se os nomeados forem indicados políticos”, diz Santana.

O receio é que a agência vire um feudo de executivos ligados a uma parcela do MDB no Senado, afirma outro presidente de associação do setor, sob condição de anonimato.

As decisões da Aneel são tomadas coletivamente pelos cinco diretores, que precisam equilibrar os interesses de consumidores e de empresas, segundo Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil.

“Quase toda a geração e a transmissão está na mão de empresas privadas. Um diretor da Aneel precisa ter vivência em companhia, porque haverá decisões a serem tomadas com potencial para afetar todo o parque produtor.”

 

Neoenergia se anima com resposta de Eletropaulo

A resposta da Eletropaulo à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em que se defende de críticas da

Enel, foi bem recebida na Neoenergia, que disputa com a italiana a companhia de energia paulista, segundo apurou a coluna.

A Enel se queixara em publicação nos jornais de que houve “tratamento privilegiado a um participante específico”.

Ainda no aguardo de novo passo da concorrente, a Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, vê possibilidade de que mesmo havendo outra proposta da Enel, de elevar a sua oferta, podendo ir “até determinado valor”, conforme apuração da coluna.

Para os espanhóis, há necessidade de guardar uma quantia para investir na empresa após a aquisição.

O último preço colocado pela Neoenergia foi de R$ 29,40 por ação. Há expectativa de que a italiana, que havia oferecido R$ 28 por ação para a compra total, eleve o valor. 

Nesta quarta (25), o conselho de administração da Eletropaulo deve decidir se mantém a emissão de novas ações da companhia (“follow-on”) para capitalização da companhia em ao menos R$ 1,5 bilhão. 

A aquisição pela Enel dependeria da suspensão do “follow-on”. Procuradas, Eletropaulo e Neoenergia, em período de silêncio, afirmaram que não poderiam dar declarações.

A Enel informou não ter porta-voz nesta data. 

 

Ainda faz eco

As taxas de vacância de imóveis corporativos de alto padrão em São Paulo e no Rio tiveram movimentos opostos no primeiro trimestre, mas deverão cair nos próximos meses, segundo as consultorias Siila e Cushman & Wakefield.

Na capital paulista, a vacância passou de 20,8% para 21,5%. Isso é explicado pela entrada de novos empreendimentos no mercado, diz Gustavo Garcia, gerente da Cushman & Wakefield.

“O número cresce por conta dos lançamentos, mas a ocupação também tem aumentado. Como não deve haver novos empreendimentos nos próximos anos na cidade, a proporção deve cair.”

No Rio, a queda foi de 1,8 ponto (de 41,1% para 39,3%). A redução foi influenciada por um movimento de grande impacto na região do Porto Maravilha feito pelo Bradesco, afirma Giancarlo Nicastro, diretor-executivo da Siila.

“A quantidade de imóveis vagos nesse entorno estava alta, em torno de 90%”.

“A estabilidade do mercado ocorre quando há entre 12% e 16% de vacância. Então ainda é preciso cair muito no Rio.”

 

Menos melaço, mais álcool

A Zilor, empresa do setor sucroalcooleiro, deverá investir cerca de R$ 245 milhões em suas operações neste ano.

O maior aporte, de aproximadamente R$ 170 milhões, será na formação de 25 mil hectares de canaviais nas cidades de Lençóis Paulista (SP) e Quatá (SP) e tem o financiamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento).

Outros R$ 75 milhões serão destinados principalmente a ações de ganho de produtividade e segurança das operações. 

“Vamos atualizar as caldeiras que foram mais demandadas no ano passado e faremos aportes para reduzir o consumo de água nas nossas plantas mais antigas”, afirma o diretor-presidente da companhia, Fabiano José Zillo.

Cerca de 70% do faturamento atual da empresa vem das áreas de açúcar e energia. “A ideia para este ano é enxugar a operação em açúcar e investir mais em etanol”, diz. 

Os 30% restantes vem da produção de ingredientes para realce do sabor de alimentos.

R$ 1,8 bilhão
foi o faturamento em 2017

3.900
são os funcionários

 

Acabou A Rede, empresa de meios de pagamento do Itaú, vai encerrar seu serviço digital Rede Pay. A marca será descontinuada em 19 de maio, segundo a companhia, após uma “ revisão de estratégia de negócio”.

peixe... As vendas dos supermercados paulistas cresceram 4% nesta Páscoa, em relação ao mesmo período de 2017, segundo a Apas (do setor). O dado foi influenciado pela alta de 6% na procura por pescados.

...na mesa Os ovos de chocolate tiveram aumento de 4% nas vendas, e a de caixas de bombons, de 5%. Com os resultados, 36% dos empresários do setor se disseram otimistas com os cenários atual e futuro.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Arthur Cagliari

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