O ouro encerrou o pregão e a semana em alta, impulsionado nesta sexta-feira pelo temor do acirramento dos ânimos entre o Irã e os Estados Unidos e as perspectivas sobre o futuro da política monetária americana.

Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), a onça-troy do ouro para dezembro subiu US$ 8,90 (+0,59%), para US$ 1.515,10. Na semana, o ganho foi de 1,04% – o primeiro, após três semanas em baixa.

Na quinta-feira, o chanceler iraniano, Mohamed Javad Zarif, disse que um ataque militar dos EUA ou da Arábia Saudita ao Irã – em retaliação ao ataque a instalações da Saudi Aramco – pode causar um estado de “guerra total”. Ele negou, mais uma vez, o envolvimento no atentado, reivindicado pelos rebeldes houthis, do Iêmen.

“O confronto com o Irã ainda é muito real”, disse o vice-presidente executivo da GoldMining, Jeff Wright. “Portanto, você tem interesse em refúgio no fim de semana. E o ouro é uma oportunidade.”

A semana foi marcada ainda pela queda dos juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano). A taxa dos Fed funds foi cortada em 25 pontos-base, para a faixa entre 1,75% e 2%, em meio aos receios relacionados à guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Juros mais baixos estimulam os contratos de ouro, uma vez que eles são vistos como uma reserva de valor maior que os títulos americanos e o dólar ante outras moedas. A percepção de uma política monetária mais frouxa fez o metal acumular ganho de quase 15% este ano. Fonte: Dow Jones Newswires.