A Braskem arquivou na SEC o relatório 20-F relativo a 2017, um movimento que abre espaço para que suas ações voltem a ser negociadas na NYSE. 

O documento foi protocolado com um ano e meio de atraso.

“Aparentemente, o 20-F não traz nenhuma bomba”, diz um analista que acompanha a Braskem de perto. “No news is good news”. 

A NYSE suspendeu as ações da Braskem em 16 de maio por conta do atraso; com isso, os ADRs hoje são negociados apenas no mercado de balcão.

Em fato relevante, a empresa informou que a expectativa é que o 20-F relativo a 2018 seja entregue “o mais cedo possível”. 

Os documentos estavam a cargo de auditores diferentes: o de 2017 foi revisado pela PwC, enquanto o de 2018 é de responsabilidade da KPMG. 

A demora ocorreu principalmente por conta de falhas de controles internos que vinham sendo apontados pela firma de auditoria. 

Segundo o Valor Econômico, em março, quando o 20-F de 2017 estava prestes a ser finalizado, Marcelo Odebrecht deu informações ao Ministério Público a respeito de uma movimentação indevida de US$ 8 milhões, realizada indevidamente por Maurício Ferro enquanto este era diretor da petroquímica.

A Polícia Federal prendeu Ferro e o advogado Nilton Serson, que declarou ter movimentado R$ 78 milhões a pedido do então diretor da petroquímica.