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Dara Khosrowshahi (Foto: Drew Angerer/Getty Images)

Dara Khosrowshahi (Foto: Drew Angerer/Getty Images)

Para o CEO do Uber, o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi foi um “erro” do governo da Arábia Saudita. Em entrevista ao programa Axios, na HBO, Dara Khosrowshahi comparou o caso com o acidente o carro autônomo da Uber — que atropelou e matou, no ano passado, uma mulher que atravessava a rua. O comentário despertou revolta nas redes sociais, com os usuários pedindo boicote à plataforma.

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"É um erro sério [o assassinato de Jamal]. Também cometemos erros com veículos autônomos e estamos nos recuperando desse erro”, afirmou Dara durante a entrevista. “Acho que as pessoas cometem erros, isso não significa que nunca poderem ser perdoadas."

A opinião não foi bem recebida pelos usuários. Pelo Twitter, os usuários pediram boicote do Uber. A hashtag #BoycottUber (boicote Uber, em tradução do inglês) chegou a ficar entre os assuntos mais comentados nos Estados Unidos.

Depois da repercussão negativa, Dara também usou sua conta no Twitter para explicar os seus comentários. O CEO escreveu estar “errado” e que “não tem como perdoar ou esquecer o que aconteceu com Jamal”.

O jornalista foi morto, ano passado, pelo governo saudita na embaixada da Arábia Saudita na Turquia. O crime gerou uma crise diplomática entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos, porque Jamal tinha cidadania americana.

O comentário de Dara foi feito quando o CEO foi perguntado pelo programa sobre a relação da empresa com a Arábia Saudita. O país é o quinto maior investidor do Uber. Segundo Dara, a presença de Yasir Othman Al-Rumayyan, que lidera o fundo de investimento da Arábia Saudita, no conselho da empresa é “muito construtivo” e traz "valiosa contribuição".

Essa não é a primeira vez que a empresa se envolve em polêmica e gera repercussão negativa entre os usuários. Em 2017, depois do apoio do Uber às políticas de imigração de Donald Trump, foi criada a hashtag #DeleteUber – mais de 200 mil pessoas removeram o aplicativo.

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