Índice de ADRs brasileiros fecha em alta de 1,8% em dia de marca histórica das bolsas dos EUA

Com feriado na B3, benchmark das ações brasileiras nos EUA aponta para segunda de alta no Ibovespa com atenções voltadas às negociações EUA-China

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O principal índice de ADRs (na prática, as ações de empresas de fora dos EUA negociadas em Nova York) do Brasil fechou em alta nesta sexta-feira (15) na Bolsa de Valores Nova York (NYSE) seguindo o forte otimismo do mercado americano, que levou o Dow Jones a atingir pela primeira vez na história o patamar de 28 mil pontos.

O principal driver dos mercados foi a fala do conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, de que a China e os Estados Unidos estão próximos de chegar a um acordo comercial. Também trouxe otimismo ao investidor o dado das vendas do varejo nos EUA, que cresceram 0,3% em outubro, depois de uma queda de 0,3% no mês anterior. A expectativa mediana dos economistas era de uma expansão de 0,2% segundo apurou o consenso Bloomberg.

O índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR subiu 1,78% a 22.809 pontos. Já o ETF EWZ iShares MSCI Brazil Capped avançou 1,58% a US$ 43,15.

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Entre as blue chips brasileiras, o ADR da Vale (VALE3) foi o de melhor desempenho, subindo 2,32% a US$ 11,46, enquanto Petrobras (PETR3; PETR4) teve alta de 2,18%, Itaú Unibanco (ITUB4) registrou ganhos de 1,36% e Bradesco (BBDC3; BBDC4) valorizou 1,39%.

Hoje, a B3 está fechada por conta do feriado da Proclamação da República no Brasil, mas as bolsas norte-americanas estão funcionando. É importante acompanhar o desempenho dos ADRs nos mercados internacionais, pois qualquer movimento desta sexta deve ser refletido na abertura do pregão da segunda-feira (18) para que não haja descompasso entre os preços das ações negociadas no Brasil e nos EUA.

Os índices americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq terminaram a sessão em altas entre 0,7% e 0,8%, renovando máximas históricas.

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Sobre a guerra comercial, Kudlow disse que as negociações estavam chegando próximas a um consenso, mas que o presidente Donald Trump ainda não estava pronto para assinar o acordo. “Trump gosta do que vê, mas não está pronto para assinar um compromisso para a fase 1, ainda não fechamos o acordo”, avisou.

Apesar do bom número das vendas do varejo, nem todos os indicadores americanos foram bem. O índice Empire State do Federal Reserve de NY veio abaixo das estimativas, mostrando uma leitura de 2,9 pontos em novembro, ante projeções de que iria atingir 5 pontos.

Já a produção industrial na maior economia do mundo caiu 0,8% em outubro, na maior retração desde maio de 2018. A expectativa de Wall Street era de uma queda de 0,5%. A utilização de capacidade da indústria caiu para 76,7% em outubro, seu menor nível em mais de dois anos.

Por fim, no radar, a Casa Branca divulgou hoje uma transcrição de um telefonema ocorrido em abril entre o presidente Donald Trump e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, que tinha acabado de vencer as eleições. O Partido Democrata abriu um processo de impeachment contra Trump baseado em uma conversa que o presidente teve em 25 de julho com Zelensky em que alegadamente pedia para o ucraniano investigar o democrata Joe Biden.

Na transcrição divulgada nesta sexta, Trump convida Zelensky para a Casa Branca e diz que os dois teriam muito a discutir. A conversa durou 16 minutos.

Ibovespa

Ontem o dia foi de ganhos na Bolsa, graças a dados positivos da economia brasileira e um desmentido em relação à notícia de que a China não aceita um valor fixo de importações de produtos agrícolas americanos para encerrar a guerra comercial. O Ibovespa teve alta de 0,47%, aos 106.556 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 18 bilhões.

Já o dólar comercial subiu 0,16%, para R$ 4,1927 na compra e R$ 4,1934 na venda.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.