Pecuária

Exportação de carnes bovina, suína e de frango desacelera em novembro

Em relação a igual período de 2018, no entanto, os volumes e receitas dos embarques de das três proteínas tiveram avanço; entenda

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Os preços internos da matéria-prima das carnes está alto e encareceu o produto exportado. Foto: Ministério da Agricultura

As exportações brasileiras das carnes bovina, suína e de frango in natura desaceleraram em novembro quando comparadas ao desempenho excepcional de outubro, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. Em relação a igual período de 2018, no entanto, os volumes e receitas dos embarques das três proteínas tiveram avanço.

O patamar elevado das exportações ante 2018 se deve ao aquecimento na demanda externa em geral. A baixa na variação mensal, porém, é reflexo da dificuldade no fechamento de contratos com compradores importantes, como a China, que aguardam pela redução nos preços dos cortes comercializados pelo Brasil e estão parcialmente abastecidos até janeiro, conforme apurou a reportagem.

Os preços internos da matéria-prima estão altos, como no caso da arroba bovina, que saltou mais de 30% em novembro, e o repasse desses custos pelos frigoríficos encareceu o produto exportado.

As vendas internacionais de carne bovina saíram do recorde de 170,5 mil toneladas do mês passado para 155,6 mil toneladas em novembro, queda de 8,74%. Já no comparativo anual, houve alta 19,23%. Em receita, o país faturou US$ 755,8 milhões com os embarques da proteína, leve queda de 0,90% ante outubro, mas forte aumento de 45% ante os US$ 521,1 milhões registrados em novembro de 2018. O preço médio da tonelada alcançou US$ 4.857,60, ante US$ 4.473,50 em outubro (+8,58%) e US$ 3.993,80 em igual período do ano passado (+21,6%).

Na carne suína in natura, o Brasil embarcou 57,6 mil toneladas em novembro, 7,84% a menos que no mês anterior e 12,5% superior ante o volume exportado um ano antes. Em faturamento, foram obtidos US$ 138,4 milhões com as vendas internacionais, recuo de 6,42% ante outubro, mas crescimento de 46,4% na variação anual. O preço médio da tonelada atingiu US$ 2.405,30, ante US$ 2.365,20 em outubro (+1,69%) e US$ 1.852,10 em igual período do ano passado (+29,86%).

Em carne de frango in natura, o país exportou em novembro 309,2 mil toneladas, 6,24% a menos do que as 329,8 mil toneladas embarcadas em outubro deste ano e 4,24% a mais do que as 296,6 mil toneladas de novembro de 2018. A receita obtida com o produto foi de US$ 492,8 milhões, redução de 5,79% quando comparado ao mês anterior. Na variação anual, houve alta de 6,02%. O preço médio da tonelada embarcada no mês passado foi de US$ 1.593,70, contra US$ 1.585,90 em outubro último (+0,49%) e US$ 1.566,80 em novembro do ano anterior (+1,71%).

Acumulado do ano

No acumulado do ano, as vendas externas de carne bovina in natura somam 1,373 milhão de toneladas, 12,08% mais que o 1,225 milhão de toneladas embarcadas para o exterior entre janeiro e novembro de 2018. A receita atinge US$ 5,611 bilhões, 4,31% acima dos US$ 5,379 bilhões obtidos um ano antes.

No caso da carne suína, o volume acumulado é de 569,6 mil toneladas, alta de 13,6% ante as 501,4 mil embarcadas entre janeiro e novembro do ano passado. A receita nos 11 meses chegou a US$ 1,570 bilhão, aumento de 53,92% sobre o US$ 1,020 bilhão do acumulado do ano passado.

Já as exportações de frango in natura somam no ano até novembro 3,704 milhões de toneladas, 8,08% mais que os 3,427 milhões de toneladas de igual período do ano anterior. A receita atinge US$ 5,814 bilhões, 10,63% mais que os US$ 5,255 bilhões dos 11 meses de 2018.