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Arroba do boi gordo subiu até 41% em novembro e deve continuar firme; entenda

Segundo analista, a perspectiva se apoia na oferta de animais terminados permanece restrita e na demanda por carne bovina segue aquecida

Boiada em fazenda de Mato Grosso, boi gordo
Segundo Fernando Henrique Iglesias, o boi gordo viveu um momento atípico no mês passado. Foto: Governo de Mato Grosso

O mercado físico do boi gordo teve preços expressivamente mais altos em novembro, segundo a consultoria Safras. Na praça de Uberaba (MG), por exemplo, a arroba subiu 41,46% entre 31 de outubro e 29 de novembro.

De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, o movimento dos preços foi singular, sendo fruto da combinação de fatores, começando pelo quadro de escassez de oferta. “Outro elemento foi o aquecimento da demanda de carne bovina, impulsionado pelas exportações”, diz.

Nos últimos dias do mês, contudo, o movimento de alta no boi gordo perdeu intensidade e aparenta se aproximar do limite. “O que pode ser observado com naturalidade, dado o ineditismo e magnitude da valorização nos preços”, aponta.

Segundo ele, ainda não há espaço para queda das indicações, avaliando que a oferta de animais terminados permanece restrita, além da demanda de carne bovina ainda aquecida.

Veja o balanço do mês (31 de outubro x 29 de novembro)

  • São Paulo (Capital) – R$ 172 contra R$ 235 por arroba (+36,63%).
  • Goiás (Goiânia) – R$ 159 contra R$ 222 por arroba (+39,62%).
  • Minas Gerais (Uberaba) – R$ 164 contra R$ 232 por arroba (+41,46%).
  • Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 157, contra R$ 216 por arroba (+6,8%).

Demanda externa aquecida

As exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 440,6 milhões em novembro (15 dias úteis), com média diária de US$ 29,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 90,5 mil toneladas, com média diária de 6 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.867,60.

Na comparação com outubro, houve baixa de 5,7% no valor médio diário da exportação, perda de 13,3% na quantidade média diária exportada e alta de 8,8% no preço. Na comparação com novembro de 2018, houve ganho de 12,7% no valor médio diário, baixa de 7,5% na quantidade média diária e ganho de 21,9% no preço médio.

Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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