Ações de Via Varejo e Lojas Americanas saltam 7% com dados do e-commerce; bancos caem até 2%

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (6)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em uma sessão de alta para o Ibovespa, que ganhou forças e renovou máxima histórica, acima dos 111 mil pontos, após os dados de emprego nos Estados Unidos acima do esperado, quem ganhou destaque entre as maiores altas foram os ativos da Via Varejo (VVAR3), que avançou 7,30% na sexta e já saltou 13,51% apenas em dezembro. Lojas Americanas (LAME4) também registrou forte alta.

A Eletrobras (ELET3;ELET6) também registrou alta após Gustavo Montezano, presidente do BNDES, afirmar durante jantar, segundo o jornal O Globo, que a privatização da companhia será prioridade do banco de fomento assim que for aprovada pelo Congresso.

Por outro lado, bancos como Itaú Unibanco (ITUB4), Santander Brasil (SANB11) e Bradesco (BBDC3;BBDC4) registraram queda.

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Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
VVAR3 7.29614 10
LAME4 7.07465 24.67
YDUQ3 5.47192 44.14
BPAC11 5.13506 74.73
GOLL4 4.97817 36.06

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
ITUB4 -1.80772 35.85
SANB11 -1.17257 44.67
ENBR3 -1.1358 20.02
BBDC4 -1.12392 34.31
ITSA4 -0.95659 13.46

Confira os destaques da bolsa nesta sexta-feira (6):

Via Varejo (VVAR3), B2W (BTOW3) e Lojas Americanas (LAME4

O Itaú BBA destacou em relatório o impacto do Black Friday no e-commerce brasileiro.

Além dos números divulgados pela empresa de dados especializada em comércio eletrônico Ebit / Nielsen e as reclamações registradas no ReclameAqui, os analisamos do banco destacam os KPIs (indicador de desempenho) de sites e aplicativos da SimilarWeb para os principais varejistas.

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As vendas do e-commerce aumentaram 24% na base de comparação anual durante o evento do Black Friday este ano, com uma clara migração do desktop para aplicativos (que já representa 53% do total de vendas).

A B2W liderou o evento no que diz respeito ao tráfego do site (Americanas.com.br com 25.5mn de visitas nos dias 28 e 29/11), enquanto o Magazine Luiza (MGLU3) foi melhor no aplicativo.

A Via Varejo aumentou o tráfego diário do site em 5,5 vezes durante o evento, em comparação com uma média de 3,0 vezes para o mercado. O aplicativo das Casas Bahia foi o mais baixado na Black Friday.

Vale destacar ainda o anúncio hoje do lançamento da Americanas Digital, nova rede do grupo Lojas Americanas.

A intenção é abrir pontos em cidades do interior do país, com a venda de cerca de mil itens. As unidades também terão área para compra on-line e retirada dos produtos em loja.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

Gustavo Montezano destacou em jantar que a privatização da Eletrobras será prioridade do BNDES assim que for aprovada no Congresso, segundo informações do jornal O Globo. Por lei, todas as privatizações do Programa Nacional de Desestatização (PND) precisam passar pelo banco de fomento.

“Só tratamos como prioridade uma vez que a privatização está aprovada. A Eletrobras é uma futura prioridade nossa, mas ainda não está aprovada no Congresso. Das operações que já estão incluídas no Programa Nacional de Desestatização, temos como destaque os Correios, que é uma operação enorme, CBTU, Trensurb (ambas do setor ferroviário), as duas Ceagesp, de Minas e São Paulo. Essas cinco são as mais relevantes hoje”, destacou.

Oi (OIBR3;OIBR4)

A petrolífera estatal de Angola, Sonangol, está em conversas com Oi para comprar a participação de 25% na Unitel, diz site de notícias angolano Expansão sem revelar como obteve as informações.

A Vidatel, holding controlada por Isabel dos Santos, a mulher mais rica da África, também conversou com Oi sobre a fatia na
Unitel, segundo o site. Um porta-voz da Sonangol não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.

Os atuais acionistas da Unitel são Oi, Sonangol, Isabel dos Santos e o general do exército angolano Leopoldino do
Nascimento, cada um com 25%. A meta do governo angolano é que a Sonangol obtenha o controle majoritário da Unitel, de acordo com a reportagem. A Unitel controla 73% do mercado de telefonia móvel em Angola, de acordo com o órgão regulador do setor do país, Inacom.

Azul (AZUL4)

A Azul informou que o tráfego de passageiros consolidado cresceu 30,6% em novembro deste ano, em comparação a novembro do ano passado, transportando 2,4 milhões de pessoas em voos domésticos e internacionais em novembro de 2019. A empresa aérea também informou que houve uma expansão de 32,5% na capacidade durante o período, o que se refletiu em uma taxa de ocupação de 82,4% em novembro de 2019, ligeiramente abaixo da taxa de 83,6% de novembro de 2018. Segundo a Azul, no acumulado do ano a taxa de ocupação está em 83,5%, 1,3 ponto porcentual acima da registrada em 2018.

“Mais uma vez registramos um aumento expressivo na capacidade no mercado doméstico, acompanhado por um crescimento na mesma intensidade no tráfego de passageiros, ante um favorável cenário da demanda no Brasil”, comentou John Rodgerson, executivo-chefe da Azul.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig pode lançar hoje uma nova oferta de ações, com a qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode se desfazer de sua fatia de 33,74% na empresa, informa a Coluna do Broad, de O Estado de S. Paulo.

A operação pode levantar até R$ 2 bilhões.

O fundador e maior sócio individual da empresa, Marcos Molina, deve participar apenas da oferta prioritária. A ideia é evitar que suas ações sejam diluídas. Assim, Molina deve ter uma fatia minoritária após a operação, mas seguirá no comando do frigorífico, diz a coluna.

Marisa (AMAR3)

As novas ações das Lojas Marisa começam a ser negociadas hoje após a varejista levantar na véspera R$ 515,6 milhões com oferta de 51,6 milhões de papéis ON.

Aliansce Sonae (ALSO3)

A Aliansce Sonae levantou R$ 1,19 bilhão com oferta de 27,7 milhões de ações. O preço por ação, de R$ 43,00, representa desconto de 3,04% em relação ao último fechamento. A data prevista para início de negociação das ações é em 9 de dezembro, segunda-feira.

Petrobras (PETR3, PETR4)

A Petrobras fechou um acordo com Pernambuco para encerrar uma disputa sobre créditos de ICMS sobre o gás natural que chega ao Estado, reduzindo uma dívida que, ajustada, chegava a R$ 3 bilhões.

Segundo o Valor Econômico, o Estado aceitou receber da estatal R$ 440 milhões, até o próximo dia 20, para evitar não receber valor nenhum.

Cyrela (CYRE3) e Copel (CPLE6)

A Cyrela aprovou dividendos intermediários de R$ 400 milhões, enquanto a Copel aprovou juros sobre capital próprio de R$ 643 milhões.

Rumo (RAIL3) e Vivara (VIVA3)

Os estrategistas do Itaú BBA recomendam a realização dos lucros com a Rumo e substitui-la por Vivara, mantendo o
peso para ações domésticas inalterado, segundo relatório. A Vivara está capitalizada e pronta para iniciar um plano de
expansão, destacaram os analistas,

A Rumo foi removida para reduzir exposição a ações semelhantes a títulos de renda fixa. A perspectiva para a empresa ainda é positiva, mas há espaço reduzido para o desempenho de ações semelhantes a títulos após a
recente evolução da curva de juros

A atual carteira recomendada do Itaú BBA: Ambev, CPFL Energia, Banco do Brasil, Bradesco, Cyrela, Hapvida, JBS, Multiplan,
Renner e Vivara. Cada nome possui 10% de peso na carteira – 70% em ações domésticas, 10% em commodities e 20% em bancos.

Oi (OIBR3, OIBR4) TIM (TIMP3)

O presidente da TIM, Pietro Labriola, disse acreditar que, num eventual leilão de ativos da Oi, que está em restruturação, espera que os serviços móveis sejam pulverizados entre os ofertantes, para evitar concentração de mercado.

O executivo disse também que acredita que a TIM teria potencial para ficar com a maior fatia dos serviços móveis hoje da concorrente.

Labriola ainda acredita que o preço da internet móvel no Brasil está incompatível com a evolução do uso de dados. Para ele, todas as empresas do setor deveriam deixar de competir entre si e entender que sua concorrência, na verdade, é “a cerveja, o cigarro” – ou seja, gastos pequenos da rotina do cliente.

Ainda sobre a Oi, o Valor também informou hoje que a empresa embolsou em novembro US$ 33,1 milhões em dividendos extraordinários da operadora angolana Unitel, na qual a tele brasileira detém participação de 25%.

Também em destaque, está um relatório do Bradesco BBI que aponta que a rápida expansão de pequenos provedores da Internet no mercado brasileiro poderá desencadear uma onda de consolidação no mercado brasileiro de banda larga em 2020.

O estudo lembrou que este mercado mudou a partir de 2016, quando os pequenos provedores avançaram em regiões onde as operadoras Oi e Telefônica/Vivo usavam infraestrutura antiga. Os pequenos provedores dobraram sua participação de mercado, de 14% em 2016 para 28% em 2019, atingindo a marca de 9 milhões de assinantes.

“As grandes telecoms sofrem o ataque dos pequenos provedores nas regiões onde usam infraestrutura obsoleta”, comenta um dos autores da análise. A participação de mercado da Telefônica Brasil caiu de 28% para 22%, enquanto a da Oi recuou de 24% para 17%. A queda da Claro foi menor, de 31% para 29%, porque a empresa usa tecnologia a cabo, que é mais moderna. O estudo prevê que os fundos de investimentos deverão consolidar os pequenos e médios provedores, que ou serão adquiridos pelos maiores que possuem fôlego financeiro ou se tornarão eles próprios players importantes neste mercado.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil pode anunciar em breve uma linha de crédito imobiliário referenciada no IPCA, segundo informou a Reuters, citando uma fonte familiar ao assunto.

A ideia é seguir ação da Caixa Econômica Federal, que anunciou a nova modalidade de financiamento em agosto.

Braskem (BRKM5)

A Braskem vai começar na segunda-feira a desocupação de imóveis no entorno de seus poços de extração de sal-gema em Maceió (AL), em áreas de risco. Segundo o Valor Econômico, a ação faz parte de um acordo fechado com a Defesa Civil da cidade.

A petroquímica ainda não informou o custo estimado da ação. Como mostra o jornal, há na Justiça quatro processos contra a Braskem, que juntos demandam quase R$ 40 bilhões em indenizações.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.