Ação da Usiminas sobe 3% com recomendação; Rumo cai 2,5% com dados operacionais e Minerva avança 4%

Confira os destaques do noticiário da B3 na sessão desta quinta-feira (16)

Lara Rizério

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa teve uma sessão de ganhos nesta quinta-feira (16), com os investidores repercutindo de forma positiva, ainda que modesta, os dados do IBC-Br, que geraram alívio após uma sequência de indicadores negativos na economia.

A Marfrig (MRFG3) viu suas ações registrarem um novo dia de ganhos. Já a Via Varejo (VVAR3), que chegou a subir 3,25%, fechou perto da estabilidade.

Na semana, os papéis VVAR3 já sobem 16%. Vale destacar que os ativos registraram o terceiro maior ganho do Ibovespa em 2019, com os investidores confiantes na recuperação da varejista. A companhia arquivou nesta semana junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) formulário que aponta que a diretoria da empresa comprou R$ 4,52 milhões em ações ordinárias em dezembro através de quatro operações. O material, contudo,  não especifica o comprador.

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A Marfrig, por sua vez, tem alta de quase 13% na semana. Os papéis registram ganhos na semana com a liberação para exportação de produtos para a Arábia Saudita de plantas no Uruguai e com elevação de recomendação pelo Citi. Além disso, no noticiário do setor, destaque para o surto de gripe aviária na Romênia, que pode ter vitimado mais de 11 mil aves e pode impulsionar as exportações das companhias brasileiras.

Já segundo o Valor Econômico, a Marfrig vai fechar o centro de distribuição que possui em Santo André. O movimento teria como objetivo concentrar a distribuição de produtos no centro de Itupeva (município a 60km da capital paulista) e poderia ajudar a empresa a otimizar a rentabilidade de seus ativos, destaca a XP.

Fora do índice, quem ganhou destaque foi a Minerva (BEEF3), que subiu 4% mesmo após o anúncio de oferta de ações. Já as ações da Usiminas (USIM5) subiram 3% com a visão positiva do Credit Suisse.

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Confira os destaques:

Usiminas (USIM5)

As ações da Usiminas subiram após o Credit Suisse reforçar a recomendação outperform (desempenho acima da média), com os analistas destacando que a demanda por aços longos vem superando o apetite por planos e as ações têm refletido esse movimento.

A Gerdau subiu 56% nos últimos 3 meses enquanto que a Usiminas avançou 21%. “O mercado de construção avançou mais rápido do que o de autos que ainda está sofrendo pela desaceleração de Argentina”, apontam.

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Os analistas atualizaram os números de Usiminas e avaliaram que estão próximos de uma aceleração em autos.

Klabin (KLBN11

A Klabin informou ontem ao mercado que emitirá US$ 200 milhões (R$ 812 milhões) em notes, que serão distribuídos nos Estados Unidos. A emissão dos papéis será feita pela subsidiária da produtora de papéis e celulose na Áustria, a Klabin Austria GmbH, e a empresa pagará um yield de 6,10% ao ano. Os papéis poderão ser adquiridos apenas por cidadãos norte-americanos ou de qualquer nacionalidade residentes nos Estados Unidos. “Os recursos captados com a emissão das notes serão destinados ao financiamento ou refinanciamento, no todo ou em parte, de custos e investimentos em ‘green projects’ elegíveis”, informou a empresa. As notes vencem em 3 de abril de 2049.

Minerva (BEEF3)

O frigorífico Minerva Foods aprovou a emissão de uma oferta pública primária e secundária de 95 milhões de ações ordinárias, que serão vendidas na B3 e na NYSE. O valor da venda é estimado em R$ 1,36 bilhão.

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A empresa comunicou que a venda será coordenada pelo banco BTG Pactual e terá como coordenadores da oferta os bancos e corretoras JP Morgan, Bradesco BBI, Itaú BBA, BB – Banco de Investimento.

A Minerva também informou que a venda de ADS será efetuada nos Estados Unidos, por braços internacionais dos mesmos bancos e corretoras. No Brasil, o processo de bookbuilding e apresentação a potenciais investidores começa hoje e o encerramento da oferta prioritária será no dia 22 deste mês.

Em outro comunicado, a Minerva Foods confirmou que o governo da Arábia Saudita habilitou dois frigoríficos seus a exportarem carne bovina. As duas plantas ficam no Paraguai, em Belén e Assunción.

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WEG (WEGE3)

A Weg firmou com a companhia Transformadores e Serviços de Energia das Américas (TSEA) um acordo para a aquisição de uma das suas fábricas de transformadores, situada no município de Betim, no Estado de Minas Gerais. A fábrica foi construída em 2013 e dispõe de 32.500 m2 de área construída.

Com uma equipe de 250 colaboradores, a unidade é especializada na fabricação de transformadores de força, reatores shunt e autotransformadores de força com classe de tensão até 800kV e potência até 500MVA. Segundo a companhia, a transação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições e aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Vale (VALE3)

A Vale suspendeu operação da Mina Esperança, em Brumadinho, segundo informações do Valor. A mina, que era da Ferrous, comprada pela Vale
em agosto, foi suspensa por falta de estabilidade da pilha de estéril e rejeito, segundo aponta a publicação.

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A unidade, que produz cerca de 1 mi tonelada/ano está parada desde novembro, segundo o jornal. A Vale disse ao Valor que obras para elevação da segurança da pilha estão em andamento e que decidiu paralisar as operações da pilha de estéril e rejeito da Mina Esperança logo após assumir o
controle do grupo Ferrous.

A circulação de empregados na unidade foi reduzida e está restrita àqueles envolvidos nestas obras. A Vale prevê que obras terminem no segundo semestre de 2020 e que funcionários retornem à mina somente em dezembro deste ano, aponta a publicação.

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras deu início à divulgação de oportunidade (teaser) para a venda da totalidade da sua participação em dois polos de campos na Bacia do Espírito Santo. Os dois polos, Golfinho e Camarupim, ficam em águas profundas do pós-sal. O polo de Golfinho tem dois campos, o de Golfinho, produtor de petróleo, e o de Canapu, produtor de gás. Já o Polo Camarupim tem dois campos, Camarupim e Camarupim Norte, produtores de gás não associado. Segundo a Petrobras as ofertas podem ser feitas por polo, separadamente, ou em única oferta para os dois polos.

Ainda em destaque, a Petrobras divulgou uma nota na CVM na manhã de hoje afirmando que “não são verídicas” as informações sobre a venda da participação da empresa na BR Distribuidora, através de uma oferta subsequente de ações em fevereiro. A Petrobras afirma que “já iniciou estudos para a venda da sua participação na BR, entretanto, ainda não há deliberação sobre a quantidade da participação a ser negociada, da estrutura ideal da transação ou mesmo acerca da sua efetiva realização”.

Light (LIGT3)

A Light, distribuidora de energia elétrica no Rio de Janeiro, comunicou ontem ao mercado que o BNDES vendeu todas as 19,1 milhões de ações ordinárias que possuía na empresa, deixando ser um acionista. Segundo a Light, a venda foi efetuada pelo BNDESPAR, entre 26 de dezembro do ano passado e 15 de janeiro deste ano.

B3 (B3SA3) e CPFL (CPFE3)

O Itaú BBA inseriu as ações da B3 em sua carteira estratégica de ações e retirou os papéis da CPFL Energia.

“Este movimento reduz nosso peso em empresas domésticas, enquanto aumenta o peso das financeiras. Nosso portfólio é composto por dez nomes, cada um com 10% de peso, distribuído como segue: 50% empresas locais, 20% commodities e 30% empresas financeiras”, detalhou a BBA. “Estamos realizando lucros com a CPFE3, após uma apreciação de 12,9%, enquanto o avanço do Ibovespa foi de 12,5% no período”, informou. Sobre B3, “acreditamos que a empresa terá um forte cenário em 2020”, destacou.

Triunfo (TPIS3)

A Triunfo, concessionária de rodovias e aeroportos no Brasil, divulgou ontem alguns dados preliminares do quarto trimestre e do ano de 2019. Segundo a empresa, no ano passado trafegaram 143 milhões de veículos pagantes por suas quatro rodovias, uma expansão de 2,3% sobre os 139 milhões de veículos que circularam nas quatro rodovias em 2018. Já em relação ao Aeroporto de Viracopos (SP), o fluxo de passageiros aumentou, mas o de cargas diminuiu em 2019. Segundo a Triunfo, houve expansão de 14,7% no número de passageiros em Viracopos, de 9,2c milhões para 10,5 milhões no ano passado. Já a quantidade de cargas caiu 8,2%, de 241,3 mil toneladas em 2018 para 221,5 mil toneladas no ano passado.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras convocou assembleia em 17 de fevereiro para deliberar sobre aumento de capital de R$ 7,75 bilhões. O aumento de capital será mediante emissão de 201,79 milhões de ações ordinárias e 14,5 mil novas ações preferenciais classe B.

Copel (CPLE6)

A Copel teve a recomendação reduzida para manutenção pelo HSBC, com preço-alvo de R$ 71.

Rumo (RAIL3)

As ações da Rumo caíram até 4,4%, para R$ 23,88, o menor valor intradiário desde 29 de novembro.  A Rumo divulgou os volumes transportados de dezembro, mostrando queda de 21% na base anual.

Segundo o Bradesco BBI, o volume de milho transportado pode ter sido afetado por preços mais baixos do frete, com a conclusão das obras de pavimentação da BR-163, escreveu o analista Victor Mizusaki em nota.

IRB (IRBR3)

De acordo com coluna do Broad, do Estadão, os fundos de pensão como Petros, da Petrobras, Funcef, da Caixa Econômica Federal, e Previ, do Banco do Brasil, vão assumir em breve a participação direta de 3% no ressegurador IRB Brasil Re. Com o movimento, cerca de R$ 1 bilhão em ações da companhia vão passar para as mãos dos fundos.

Esperada para acontecer no primeiro trimestre, depois de ter sido aprovada no fim de 2019, a mudança vai ocorrer porque o instrumento pelo qual as fundações tinham acesso ao IRB será encerrado. Trata-se do FIP Caixa Barcelona, administrado pela Caixa. O fundo foi criado em 2012 para comprar ações do IRB. Como o ressegurador se tornou uma empresa de capital aberto, não fazia sentido mantê-lo com custos de administração e gestão, sendo que cada fundação poderia cuidar sua própria participação. Nesse sentido, foi aprovada a liquidação do FIP Caixa Barcelona e a transferência dos papéis para cada um dos donos.

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(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.