Economia

Dólar: após atingir máxima histórica, moeda opera em R$ 4,36

Apesar de um ambiente mais positivo em alguns mercados, a moeda norte-americana segue forte no Brasil, o viés de proteção prevalece

notas de dólar espalhadas em círculo
Foto: Pixabay

O dólar comercial opera em alta desde a abertura dos negócios, acima de R$ 4,36, depois de renovar máxima histórica no fechamento desta terça-feira, 18, refletindo o ambiente de aversão ao risco que prossegue em meio às incertezas dos impactos do coronavírus na economia global. Apesar de um ambiente mais positivo em alguns mercados, a moeda estrangeira segue forte e aqui, o viés de proteção prevalece.

Às 10h04 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,20% no mercado à vista, cotada a R$ 4,369 para venda. Lá fora, o ambiente é positivo no mercado de ações e o dólar se
fortalece frente às principais moedas pares e de países emergentes com o maior apetite ao risco, motivado pela redução do número de novos casos por coronavírus na China.

“Como também por sinais de que o país asiático planeja adotar medidas para dar suporte à retomada da atividade econômica”, diz o analista da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, reforça que a “óbvia e necessária” cautela em relação aos efeitos da doença carregam também alguns fatores importantes, como a necessidade em constantemente se dar respostas a eventos que não podem ser previstos com “nenhuma precisão”.

“Isso tem afetado diretamente as análises sobre os efeitos [do vírus] na economia global sem sequer sabermos quando ocorrerá o ponto de inflexão de toda essa situação. Ou seja, quando exatamente a ‘virada’ pode ocorrer. Os mais recentes indicadores econômicos ainda falam de um passado que não contém o vírus”, avalia Vieira.

Na agenda de indicadores, o destaque do dia é a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) no qual investidores se atentarão aos comentários acerca do coronavírus, caso
tenha.

No Brasil, o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, não descarta um movimento de proteção pelos rumores sobre a saída do ministro da Economia, Paulo Guedes, após o presidente Jair Bolsonaro declarar nesta que o ministro ficará no cargo.