Agricultura

Crédito rural: Banco do Brasil libera R$ 15 bi para pré-custeio

Os valores poderão ser contratados com recursos controlados com taxa de juros a partir de 6% ao ano; outra alternativa é a aquisição dos valores com juros não controlados (LCA), com taxas a partir de 6,1% ao ano

O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira, 20, que vai liberar R$ 15 bilhões para o pré-custeio da safra 2020/2021. O recurso é utilizado para a compra antecipada de insumos. A instituição informa que os recursos são destinados aos produtores rurais para financiamento das lavouras de soja, milho, algodão, café, arroz e cana-de-açúcar.

De acordo com o banco, os valores poderão ser contratados com recursos controlados com taxa de juros a partir de 6% ao ano. Outra alternativa é a aquisição dos valores com juros não controlados (LCA), com taxas a partir de 6,1% ao ano.

O BB informou ainda que os recursos poderão ser utilizados para os programas BB Custeio Agrícola, Pronamp Custeio (para o médio produtor rural), BB Giro Agro, para capital de giro destinado ao produtor rural para aplicação na atividade agropecuária, e Cédula de Produto Rural (CPR), que viabiliza a produção e comercialização da produção por meio da antecipação de crédito rural.

Análise

O comentarista do Canal Rural e ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Benedito Rosa, afirma que o cenário de crédito rural após o Plano Safra 2019/2020, com a queda da taxa básica de juros, a Selic, trouxe uma redução no custo do dinheiro. “Os agentes econômicos puderam baixar as taxas cobradas, mas não na mesma proporção da Selic”, diz.

Segundo ele, o mercado agrícola está satisfeito com a oferta de financiamentos do Banco do Brasil, Caixa e Santander, por exemplo, que estão oferecendo crédito de custeio na mesma linha dos juros controlados do Plano Safra. “Isso reflete que os bancos devem estar com recursos disponíveis para aplicar na agricultura”, comenta.

Para Rosa, como os bancos estão trabalhando ativamente na comunicação com o setor agrícola, este é um bom momento para o agricultor ‘se livrar dos penduricalhos’ normalmente apresentados pelos bancos.

No entanto, ele enfatiza que as as condições de financiamento dessa próxima safra estão melhores do que no ano passado.