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Por G1


25 de março - Calcadão de Madureira, na Zona Norte do Rio, com lojas fechadas — Foto: Marcos Serra Lima/G1

O Google publicou informações que mostram como o coronavírus afetou a movimentação de pessoas no país, com queda em idas a parques, serviços no comércio, locais de trabalho e estações de metrô e ônibus.

A empresa divulgou relatórios para 131 países com gráficos que comparam a movimentação registrada entre 16 de fevereiro e 29 de março em lojas, com um período que abrange janeiro e o início de fevereiro deste ano. As informações dos diferentes países analisados podem ser acessados publicamente.

As quedas se acentuaram à medida que governadores tomaram medidas para garantir o isolamento social, diante da pandemia do coronavírus no Brasil. No dia 21 de março, por exemplo, foi decretada quarentena no estado de São Paulo, o que levou shoppings centers, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais a fechar portas.

No Brasil, a queda na categoria "recreação" (que inclui cafés, restaurantes e museus, por exemplo) foi de 71%. A categoria "parques", em que estão também praias, teve um pico durante os dias de carnaval, mas ainda assim teve queda de 70% no período analisado.

Dados do Google mostram locomação de usuários Android no Brasil. — Foto: Reprodução

A gigante mediu ainda outros locais, como estações de transporte público, como metrô e ônibus, onde o movimentou caiu 62%. Em escritórios e outros locais de trabalho, a queda foi menos abrupta, de 34%.

De acordo com a análise, a única categoria que registrou alta foram as residências, de 17%. A ideia era medir como a quarentena e o isolamento causados pela covid-19 afetou a movimentação e os locais de visitas dos usuários.

Os dados nos relatórios são de celulares Android com recurso "Histórico de localização" ativado. A empresa disse que adotou medidas para garantir que nenhum indivíduo pudesse ser identificado através dos levantamentos.

Viaduto do Chá vazio na manhã desta sexta-feira (27) durante a quarentena do coronavírus em SP — Foto: Giaccomo Voccio/G1

O Google informou que publicou os relatórios para evitar qualquer confusão sobre os dados que fornece a autoridades, diante do debate global que surgiu sobre o equilíbrio entre proteção à privacidade e a necessidade de evitar a disseminação do vírus.

"Esses relatórios foram desenvolvidos para ajudar a cumprir nossos rigorosos protocolos e políticas de privacidade", escreveram Karen DeSalvo, vice-presidente de saúde do Google Health e Jen Fitzpatrick, vice-presidente sênior do Google Geo, em comunicado.

De acordo com a agência Reuters, a empresa se recusou a comentar se recebeu alguma solicitação legal para compartilhar dados mais detalhados para ajudar nos esforços de combate da pandemia.

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