Bolsas europeias fecham em alta. BCP e Galp puxam pelo PSI-20
Depois de um arranque em baixa, a bolsa portuguesa recuperou e manteve-se no ‘verde’ ao longo da sessão desta quarta-feira (20 de maio), tendo encerrado em terreno positivo pelo quarto dia consecutivo. Acompanhando o sentimento das principais praças da Europa, o índice PSI-20 fechou com uma subida de 1%, para 4.233,33 pontos, destacando-se as valorizações do BCP e da Galp Energia, cujos títulos avançaram 2,63%, para 10,73 euros, à boleia da subida do preço do petróleo.
Já as ações do banco liderado por Miguel Maya somaram 1,96%, para 0,09 euros, depois da conferência de analistas que se realizou esta manhã para apresentar detalhes sobre os resultados – o BCP reportou ontem uma diminuição de 77,1% no resultado líquido do primeiro trimestre, para 35,3 milhões de euros.
Com ganhos encerram ainda cotadas como a NOS (+0,98%) ou Mota-Engil (+0,69%).
Por outro lado, a Sonae deslizou 0,60%, para 0,67 euros. A retalhista liderada por Cláudia Azevedo vai divulgar os resultados do primeiro trimestre esta tarde, depois do fecho do mercado. “As divisões de retalho alimentar (Sonae MC) e eletrónica (Worten) deverão ter beneficiado da situação de pandemia de Covid-19, enquanto os setores imobiliário (Sierra) e vestuário deverão testemunhar um certo impacto negativo. Contudo, o efeito líquido deverá ser positivo, prevendo-se que o impacto do segundo trimestre seja mais severo”, anteveem os analistas do CaixaBank BPI Equity Research.
A maioria das outras bolsas do ‘Velho Continente’ também terminou as negociações de hoje com subidas. O índice alemão DAX subiu 1,40%, o holandês AEX avançou 2,04%, o britânico FTSE 100 ganhou 1,13%, o francês CAC 40 cresceu 0,87%, o espanhol IBEX 35 somou 1,10% e o italiano FTSE MIB subiu 1,04%. O Euro Stoxx 50 ficou marcado por uma valorização de 1,35%.
Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, explica como o cenário macroeconómico influenciou o mercado: “Foi revelado que a confiança dos consumidores na zona euro melhorou inesperadamente em maio. No universo Stoxx600 os setores de imobiliário e seguros foram os únicos a fechar no vermelho”. “Os investidores aguardam agora pelas atas da última reunião da Fed, para se perceber a opinião dos membros do banco central norte-americano e as perspetivas do comité”, diz.
“Os metais preciosos desfrutam de fortes ganhos nesta semana. A platina é um dos principais impulsionadores, estando neste momento em máximos de dez semanas, tendo ganho cerca de 10% só esta semana. O enfraquecimento do dólar americano é um dos fatores que ajudam os metais preciosos a subirem. A platina testa agora uma resistência importante nos 875 dólares”, destaca André Neto Pires, analista da XTB, numa nota de mercado.
Quanto ao mercado cambial, o euro aprecia 0,60% face ao dólar (1,0987) e a libra esterlina “valoriza” 0,14% perante a divisa dos Estados Unidos (1,2264).
