Por G1


Nota de US$ 5 dólares — Foto: REUTERS/Thomas White

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (29), depois de operar em alta por boa parte da sessão, em dia de divulgação do resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no 1º trimestre - que mostrou recuo de 1,5%, na maior queda desde 2015, e com operadores monitorando as relações entre Estados Unidos e China.

O dólar recuou 0,83%, a R$ 5,3364. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4626. Na mínima, foi a R$ 5,3199. Veja mais cotações.

Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 4,44%. Em maio, o recuo foi de 1,90%. É a primeira desvalorização mensal do dólar neste ano, destaca a agência Reuters.

Em 2020, a moeda ainda tem avanço de 33,08%.

Cenário externo e interno

No exterior, a cautela prevaleceu com os investidores voltando seu foco para a relação entre Estados Unidos e China. Em coletiva de imprensa, o presidente norte-americano Donald Trump afirmou que está "encerrando relações" com a OMS e criticou a China pelo desempenho na pandemia e pelas leis de segurança de Hong Kong.

A preocupação no mercado com o discurso de Trump era o risco de uma quebra do acordo comercial ou sanções mais pesadas sobre Pequim, mas isso não ocorreu apesar do tom crítico do republicano às medidas do gigante asiático, destacou o Valor Online, o que ajudou na valorização da moeda brasileira.

Na cena doméstica, os investidores seguiram de olho nas tensões políticas e nos impactos da pandemia de coronavírus na atividade econômica.

Além dos números do PIB, os mercados reagiram às declarações de Campos Neto na noite de quinta. O dirigente afirmou que a autoridade monetária estava preparada para “fazer uma intervenção maior” pelo câmbio, que andou descolado dos pares por algum tempo, mas que isso não foi necessário.

Campos disse também que não vê esgotamento da efetividade da política monetária no momento e que, portanto, medidas heterodoxas como a compra de ativos, cuja permissão para uso foi garantida pela PEC do “Orçamento de Guerra”, ainda estão distantes.

"Os comentários de Campos podem levar analistas de mercado a precificar um BC mais ativo caso o real volte a se depreciar", dizem analistas do Citi em nota.

Variação do dólar em 2020 — Foto: Economia G1

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