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Plano 2020/2030: Crise é "oportunidade de ouro para revisitar clusters"

O consultor António Costa Silva considera que esta altura de crise é "uma oportunidade de ouro para revisitar os 'clusters'", de acordo com a versão preliminar do plano de recuperação económica pedido pelo Governo.

Plano 2020/2030: Crise é "oportunidade de ouro para revisitar clusters"
Notícias ao Minuto

16:17 - 10/07/20 por Lusa

Economia Plano 2020/2030

"A economia do futuro vai passar por um papel ainda mais relevante das ciências da Saúde e das indústrias adjacentes; pela ascensão ainda maior das energias renováveis e da mobilidade elétrica; pelo avanço imparável das tecnologias de informação e comunicação; pelo 'e-commerce' e pela bioeconomia sustentável; pelo mar e as plataformas logísticas, sem esquecer os setores tradicionais que são essenciais para o futuro, como a indústria agroalimentar e a floresta", indica o plano.

Assim, e tendo em conta os fundos europeus previstos para Portugal, sobretudo para o combate do impacto da covid-19, o consultor acredita que "esta é uma oportunidade de ouro para revisitar os 'clusters' e para alinhá-los com as tendências mais significativas da economia do futuro".

O plano aponta que é preciso "alavancar os setores tradicionais, como a agricultura, o setor agroalimentar, a indústria transformadora, a metalomecânica e a fabricação de máquinas e bens de equipamento, o turismo e serviços" ao nível da "investigação e desenvolvimento tecnológico", refere o consultor.

O objetivo é aumentar "o seu crescimento nos mercados europeus e nos mercados globais e, através de inovação tecnológica, criar condições para o crescimento de novas atividades de valor acrescentado e para o aumento competitividade externa", lê-se no plano.

Para cumprir esta meta, é preciso avançar "para a renovação da estrutura produtiva de Portugal", adianta Costa Silva. 

"A reconversão industrial articula-se, de uma forma mais vasta, com a necessidade de reindustrialização do país", indica o plano.

"Portugal fez um percurso notável em áreas como os serviços, o turismo e a reconversão de indústrias tradicionais, como resposta à crise anterior. Hoje é claro que as medidas tomadas relativamente aos 'lay-offs', às linhas de crédito, às moratórias, são importantes, mas é necessária uma nova visão a médio e longo prazo sobre o que pode ser o futuro industrial do país", defende o consultor.

De acordo com Costa Silva, "este também é o momento para desenvolver e investir numa bioindústria nacional, que tenha potencial de se constituir como acelerador da economia nacional, através da produção de novos produtos de alto valor acrescentado, a partir da utilização em cascata dos recursos biológicos".

"O conceito de reindustrialização que está subjacente a este plano de recuperação económica, não significa voltar ao passado, mas sim ao futuro da indústria", explica o consultor.

Esta estratégia deve ainda "preconizar uma maior independência industrial, tecnológica e material", com "contratos-programa" e a redefinição dos "programas mobilizadores de desenvolvimento industrial e tecnológico, devendo o objetivo de densificação estar em consonância com os alvos estratégicos da captação de Investimento Direto Estrangeiro (IDE), também esta reorientada para uma economia com foco na sustentabilidade e neutra em carbono", de acordo com o plano.

No início de junho, o Governo confirmou que António Costa e Silva tinha sido convidado para coordenar a preparação do programa de recuperação económica e que este tinha aceitado esse convite "como contributo cívico e 'pro bono'".

Segundo o Governo, o objetivo era que o trabalho preparatório estivesse concluído quando o Governo aprovasse o Orçamento Suplementar, altura em que o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, assumiria a "direção da elaboração do programa de recuperação".

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