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GranBio faz parceria com empresa italiana para mercado de etanol celulósico

Objetivo é comercializar em todo o mundo a tecnologia que utiliza resíduos agrícolas como palhada de cana e de milho na produção de biocombustível

usina de etanol celulósico da GranBio em Alagoas
Usina de etanol celulósico da GranBio em Alagoas. Foto: GranBio/divulgação

A empresa brasileira GranBio anunciou nesta segunda-feira, 3, uma parceria com a NextChem, subsidiária da gigante italiana de engenharia Maire Tecnimont, para licenciamento de sua tecnologia patenteada para produção de etanol de segunda geração (2G), à base de celulose.

Segundo comunicado da empresa, o acordo viabilizará a comercialização da tecnologia em todo o mundo. A GranBio informa que a solução desenvolvida para produzir etanol de segunda geração já foi implementada em sua fábrica em São Miguel dos Campos, em Alagoas.

Em nota, a empresa afirma que foram investidos US$ 220 milhões na construção da planta, que seria a primeira no Hemisfério Sul dedicada ao etanol celulósico. A capacidade de produção atual da empresa seria de cerca de 30 milhões de litros de etanol 2G por ano, exportado em sua totalidade aos mercados americano e europeu.

O modelo desenvolvido pela empresa permite um uso flexível de matérias-primas, abrangendo diversos tipos de resíduos agrícolas, como palha de cana-de-açúcar e de milho e até sobras de madeira, como eucalipto, para produzir etanol celulósico. “Em outras palavras, além de termos um produto final totalmente sustentável, conseguimos aproveitar ao máximo os insumos, recuperando, inclusive, áreas degradadas”, afirma o CEO da GranBio, Paulo Nigro.

De acordo com CEO da NextChem e da Maire Tecnimonta, Pierroberto Folgiero, essa tecnologia pode ser implantada globalmente, pois utiliza matérias-primas amplamente disponíveis, sem interferir no setor de alimentos.

“Alguns países como Estados Unidos, China e Brasil já reconhecem o prêmio de carbono renovável. A União Europeia, por exemplo, determinou recentemente políticas que promoverão a construção de dezenas de usinas de combustível de segunda geração até 2030”, diz Paulo Nigro.