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Deutsche Bank deu registos financeiros de Donald Trump aos promotores de Nova Iorque

A intimação ao Deutsche Bank procura qualquer material que possa apontar para uma possível fraude e cooperação do banco alemão, um dos poucos dispostos a emprestar para Trump após uma série de falências corporativas no início dos anos 1990.
  • Getty Images
6 Agosto 2020, 12h24

Os promotores de Nova Iorque que investigam Donald Trump por uma possível fraude fiscal emitiram uma intimação ao Deutsche Bank e o” The News York Times”, citado pelo “The Guardian”, avançou esta quinta feira, 6 de agosto, que o banco alemão forneceu a documentação solicitada.

Um relatório divulgado, na quarta-feira, pelo gabinete do procurador de Nova Iorque Cyrus Vance deu sinais de que a investigação criminal sobre as práticas comerciais de Donald Trump é mais ampla do que se sabia. O relatório faz também referência às negociações do presidente americano com o Deutsche Bank, que ainda não comentou o processo judicial ou a entrega de documentos.

Na quarta-feira, o “The New York Times” informou ainda que a intimação ao Deutsche Bank procura qualquer material que possa apontar para uma possível fraude e cooperação do banco alemão. Durante vários anos os pedidos para aceder aos registos de Trump foram bloqueados por contestações legais.

Outros investigadores pediram igualmente registos do Deutsche Bank, um dos poucos bancos dispostos a emprestar para Trump após uma série de falências corporativas no início dos anos 1990. A democrata e procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James também intimou o banco por registos relacionados a Trump, no ano passado, após o testemunho do antigo advogado do presidente dos EUA  Michael D. Cohen, em 2019, onde garantia que o presidente americano tinha cometido fraude.

Até ao momento, a ação em tribunal parecia estar focada nos alegados pagamentos de Donald Trump a duas mulheres, na véspera da eleição de 2016, mas passado um ano a investigação ganhou proporções diferentes e agora o procurador de Manhattan, Cyrus Vance, pretende aceder a oito anos de registos fiscais pessoais e corporativos do presidente americano.

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