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Acionistas minoritários admitem recorrer para a justiça depois da CMVM afastar OPA sobre a NOS

A ATM diz ao Negócios que está em conversações com fundos de investimento acionistas para promoção de uma ação judicial junto do tribunal da União Europeia, porque diz que há mudança de controlo acionista na NOS. O entendimento da CMVM é outro.
  • Presidente executivo da NOS, Miguel Almeida
24 Agosto 2020, 12h23

Apesar da ATM – Associação de Investidores, que defende os acionistas minoritários, ter dito ao Jornal de Negócios, que “há uma alteração de controlo acionista na NOS”, na sequência do acordo entre a Sonaecom e Isabel dos Santos para a dissolução da ZOPT – empresa que detém uma participação de 52,15% da operadora de telecomunicações – a CMVM não conclui que o grupo da família Azevedo tenha de lançar um Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a empresa liderada por Miguel Almeida.

Segundo o Negócios, a CMVM disse que “não se perspetiva que a Sonae venha a ultrapassar alguma das fasquias que originaria a constituição do dever de lançamento de OPA”, pelo contrário, o grupo Sonae “diminui o poder de influência para uma posição ligeiramente acima de um terço dos direitos de voto”.

Com a dissolução da ZOPT a aliança Sonaecom/Isabel dos Santos é rompida e a Sonaecom ficaria com 26,075% da NOS, mas entretanto assinou um acordo com o BPI para lhe comprar os 7,38% da operadora  e passa para 33,45%. Com isto, num primeiro momento a Sonaecom reforça os direitos de voto para 59,52%, mas rapidamente desce para os 33,455% com a consumação do divórcio.

A CMVM justifica portanto que com a repartição da posição da ZOPT, a Sonaecom até diminui a posição de controlo de 52,15% (que tem via ZOPT) para 33,45% que deterá diretamente sozinha.

A ATM diz ao Negócios que está em conversações com fundos de investimento acionistas da NOS para promoção de uma ação judicial junto do tribunal da União Europeia.

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