O volume de vendas na Black Friday deste ano foi 89% maior do que o observado em 2019, segundo um levantamento da processadora de pagamentos Adyen, que atende grandes empresas como Magazine Luiza, Via Varejo e OLX. Considerando toda a semana que antecede o dia de promoções, o aumento foi de 65%.
As maiores altas foram registradas em alimentação (270%) e varejo (137%). O valor médio das compras no setor de alimentos foi 43% maior, impulsionado por serviços de entrega. As maiores quedas foram observadas nas vendas de ingressos para eventos, cinema e teatro (98%) e pacotes de viagens (65%).
Segundo a Adyen, o número de vendas de produtos eletrônicos caiu 54%, mas o valor médio das compras no segmento cresceu 168%. Na avaliação da empresa, é um reflexo do comportamento dos consumidores de renda mais alta, que deixaram de gastar com viagens e eventos culturais na pandemia.
Os dados da Adyen sugerem que o movimento da Black Friday foi maior nas grandes redes, já que sua amostra é restrita a empresas de maior porte que são suas clientes. Levantamento mais abrangente da Ebit/Nielsen indicou aumento de 25% na sexta-feira e de 30%, considerando a semana inteira.
Vendas de biquínis, sungas e acessórios de praia na loja virtual da C&A cresceram 244% neste trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado reflete o crescimento das vendas na internet durante a pandemia e sugere que muitos consumidores estão indiferentes aos riscos de uma nova onda de infecções.
Ricardo Balthazar (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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