Por Rikardy Tooge, G1


Vendedor segura peça de carne suína em mercado em Handan, na China — Foto: REUTERS/Stringer

O governo da China informou nesta segunda-feira (30) que mais um frigorífico brasileiro está autorizado novamente a exportar carne suína para o país.

De acordo com a Administração Geral das Alfândegas (GACC, na sigla em inglês), a unidade liberada é um frigorífico de carne suína da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, em Lajeado, no Rio Grande do Sul. A unidade havia sido suspensa em julho deste ano.

Esse frigorífico fazia parte de uma lista de 5 unidades que estavam suspensas pelos chineses por conta de preocupações com a Covid-19 entre trabalhadores desse setor.

O Ministério da Agricultura confirmou o restabelecimento da autorização e disse que a planta frigorífica está apta a exportar a partir desta segunda.

A BRF comemorou a decisão e disse que os embarques para o país asiático deve voltar nos próximos dias. “Essa decisão nos propicia retomar as exportações para um mercado estratégico para a Companhia, com forte demanda por suínos”, comenta Bruno Ferla, VP Institucional, Jurídico e Compliance da empresa.

A suspensão dessa e de outras unidades ocorreram em um momento em que os chineses demonstravam preocupações com casos de Covid-19 entre funcionários desse setor. O governo da China chegou a pedir que as empresas garantissem carnes livres do novo coronavírus.

Porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que não há evidências de que o coronavírus possa ser transmitido por alimentos.

Novo protocolo

Com o passar do tempo e aprimoramento dos protocolos entre chineses e brasileiros, o país asiático começou a testar as cargas que chegavam por lá e determinou que, em caso da presença do vírus, a unidade é suspensa automaticamente por uma semana.

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Desde então, foram 2 casos em que os chineses encontraram a presença do vírus em embalagens dos produtos: em um pacote de pescados da empresa Monteiro Indústria de Pescados e na embalagem de carne bovina da Minerva Foods, de Barretos (SP). As duas empresas já podem voltar a vender para os chineses.

No último dia 13, Wuhan, que já foi epicentro da pandemia, afirmou que havia detectado 3 amostras do vírus na parte externa de pacotes de um frigorífico da Marfrig que chegaram ao país em agosto.

Houve um outro caso, em uma carga de frango do frigorífico Aurora, de Xaxim (SC), que ocorreu antes da adoção do protocolo que prevê essa "suspensão automática". A unidade ainda não teve a autorização restabelecida.

4 unidades ainda suspensas

Neste momento, 4 frigoríficos seguem com sem poder vender para a China, são eles:

Desde o início da pandemia, 9 frigoríficos e 1 unidade de pescados do Brasil foram suspensos pela China.

Do total, as unidades da BRF em Dourados e Lajeado, da Marfrig em Várzea Grande, da Minerva em Barretos, a empresa Monteiro Indústria de Pescados e a processadora de carne Agra, já tiveram a autorização restabelecida.

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