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Santander compra ativos ‘core’ da falida Wirecard por 100 milhões de euros

O banco espanhol comprou os ativos ‘core’ da empresa alemã por 100 milhões de euros e assegura que vai integrar cerca de 500 trabalhadores da Wirecard nos quadros do Santander.

Reuters
Negócios jng@negocios.pt 17 de Novembro de 2020 às 09:11

O Santander anunciou que chegou a acordo com o administrador de insolvência da Wirecard para comprar os ativos ‘core’ da empresa germânica na Europa. Em causa estão ativos tecnológicos relacionados com as operações de pagamentos eletrónicos, explicou o banco espanhol em comunicado.

A operação tem como objetivo "reforçar a aceleração do plano de crescimento" da instituição financeira no mercado europeu. E o banco espanhol prevê que os cerca de 500 trabalhadores que atualmente estão a gerir estes ativos da germânica Wirecard integrem os quadros do banco.

O Santander não divulgou o valor da aquisição, mas segundo o Financial Times ronda os 100 milhões de euros. 

No mesmo comunicado, o banco liderada por Ana Botín esclarece que esta aquisição "não inclui as empresas Wirecard" e o Santander não assumirá qualquer responsabilidade legal em relação à Wirecard AG e à Wirecard Bank AG", bem como a "ações anteriores".

O negócio deverá  ser concluído até ao final do ano, "estando ainda sujeito a certas condições", incluindo aprovações regulatórias. Além disso, até à data de conclusão da compra, "a Wirecard e o Santander trabalharão em conjunto para garantir aos atuais clientes, fornecedores e parceiros uma transição tranquila para esta nova fase do serviço Wirecard, assegura o Santander.

Em junho desde ano, os gestores da empresa de pagamentos germânica Wirecard deram início ao processo de insolvência, depois do escândalo financeiro que pôs a descoberto um buraco de cerca de 2 mil milhões de euros.

A Wirecard chegou mesmo a admitir que os 1,9 mil milhões de euros que tinha registados como ativos, e que a auditora EY tinha dado como desaparecidos, provavelmente nunca existiram. 

Depois destas revelações, o CEO da empresa, Markus Braun, foi detido, tendo sido acusado pelo Mistério Público alemão de inflacionar artificialmente o balanço e as receitas da companhia alemã, com o objetivo de tornar a Wirecard mais atrativa para os investidores. Contudo, algumas horas depois foi novamente libertado, após pagar uma fiança de 5 milhões de euros e com o compromisso de se apresentar à polícia semanalmente, como noticiou na altura o Financial Times.

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