Alguns bancos estão conversando com o BNDES sobre a venda em bloco de sua participação de 7,5% na Klabin, avaliada em cerca de R$ 2 bilhões a preços de hoje, fontes envolvidas nas conversas disseram ao Brazil Journal.

O BNDES tem dito aos bancos que está pronto para se desfazer da posição se houver demanda final firme.

A posição é estratégica: o BNDES é o segundo maior acionista da Klabin depois das famílias que são parte do acordo de acionistas.

No caso da Klabin, o BNDES disse aos bancos que não pretende vender o papel aos poucos no mercado, nem fazer um block trade como o que fez na Vale, em que não havia um comprador final e a demanda só apareceu durante o leilão.

Se o BNDES não encontrar um comprador final agora, o banco vai adiar a venda para 2021, e provavelmente a executaria via um follow-on, um processo mais amplo que tipicamente envolve um roadshow.

Se acontecer, uma transação deve ficar para dezembro. No que pode ser seu último ato como acionista relevante da Klabin, o BNDES votará nesta quinta-feira a favor da proposta de incorporação da Sogemar, que acaba com o pagamento de royalties pelo uso da marca Klabin.

A Klabin sobe 27,6% este ano, empurrada pela explosão do ecommerce durante a pandemia — que aumentou a procura por papel de embalagem — e o câmbio desvalorizado.  No período, o índice Bovespa cai 7,6%.

A companhia vale cerca de R$ 25,5 bilhões na B3.