O Facebook anunciou esta quinta-feira que vai começar a remover da rede social informações falsas sobre as vacinas contra a covid-19, apertando assim a sua política no que toca a desinformação relacionada com a saúde. A empresa deu exemplos de teorias da conspiração falsas (mas bastante populares na internet) que vão passar a não ser permitidas: a vacina implica ter um microchip no cérebro das pessoas ou está a ser testada num grupo de pessoas contra o seu consentimento, por exemplo.
Estas restrições chegam um dia depois de Boris Johnson, primeiro-ministro inglês, ter garantido que vai lutar contra conteúdo falso promovido por movimentos antivacinação. A população do Reino Unido vai começar a ser vacinada contra a covid-19 na próxima semana. No entanto o Facebook avisou que “não será possível começar a fazer cumprir estas políticas da noite para o dia”.
A rede social já tinha começado a remover conteúdo errado sobre a covid-19 mas apenas se este “contribuísse de forma iminente para danos físicos”. Entretanto passou a ser colocado um aviso ao leitor em todas as informações que os fact-checkers a trabalhar para o Facebook considerassem falsas. Em outubro também baniu anúncios publicitários cujo objetivo fosse desencorajar as pessoas de tomarem a vacina.
Ao mesmo tempo, a estrutura do Facebook está a planear uma forma de encorajar os seus utilizadores a de facto se protegerem contra a covid-19 através da vacina. Uma das ideias avançadas por vários executivos da empresa passa por criar um banner no topo do feed dos utilizadores.
Devido às preocupações genuínas que envolvem as vacinas contra a covid-19, a população mundial está mais “suscetível” a teorias de conspiração e a outras formas de fake news, disse Chine Labbe, editora da NewsGuard, uma organização contra a desinformação a trabalhar com a Organização Mundial da Saúde. “Tememos assistir a uma grande onda de desinformação durante os próximos meses”, sublinhou.
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