Ação do Carrefour sobe 1% após chegar a saltar 8% com possível venda para canadense; Vale, Petrobras e siderúrgicas caem até 6%

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (13)

Lara Rizério

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SÃO PAULO –  Após subir 6% na reta final do pregão de ontem, a ação do Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 20,36, +1,04%) amenizou após a disparada da manhã, quando os papéis chegaram a saltar 8%, com riscos de que a aquisição pela Alimentation Couche-Tard, gigante canadense de lojas de conveniência dona da rede Circle K, pode não acontecer.

A notícia foi dada no fim do dia de ontem pela Bloomberg, citando pessoas com conhecimento do assunto. Ainda ontem, em fato relevante, a canadense confirmou o início das negociações. Na sequência, os papéis do Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 77,84, +1,95%) também subiram.

Segundo a equipe da XP Investimentos, a alta do Pão de Açúcar ocorre por conta de uma leitura comparativa entre as duas companhias. “Caso a fusão seja de fato confirmada, isso levaria a um re-rating de CRFB3 e, potencialmente, do setor como um todo”, avaliam.

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A Cielo (CIEL3, R$ 3,88, +1,57%) também viu as suas ações em alta. Ontem, a companhia  comunicou que recebeu correspondência da sua acionista 3G Radar Gestora de Recursos informando que aumentou a participação no capital social da companhia.

A gestora passou a administrar o total de 140.114.832 ações ordinárias da companhia, correspondentes a 5,16% dessa espécie de ação. A 3G Radar destacou que não pretende participar do bloco de controle e que o investimento não busca alterar a atual estrutura da administração da companhia.

Já entre as maiores quedas, ficaram os papéis da Ambev (ABEV3, R$ 16,17, -3,75%), após a forte alta da véspera e também seguindo a redução de recomendação para equivalente à venda pelo Bradesco BBI.

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Vale (VALE3, R$ 96,22, -2,99%) e siderúrgicas tiveram um novo dia de perdas, em meio à baixa do minério de ferro. Usiminas (USIM5, R$ 15,48, -6,07%), CSN (CSNA3, R$ 36,25, -4,81%) e Gerdau (GGBR4, R$ 26,61, -3,31%) caíram junto com a mineradora. O contrato à vista negociado no porto de Qingdao teve perdas de 1,4%, a US$ 169 a tonelada. Além da queda da commodity, ações de maior liquidez na B3, como das empresa de metais, que puxaram a escalada do Ibovespa desde o início de novembro, têm perdas com investidores embolsando parte dos ganhos.

Os investidores também acompanham a escalada do coronavírus também na China. A província de Heilongjiang, no norte do país, declarou “estado de emergência” em decorrência de um novo foco de contaminações pelo coronavírus Sars-CoV-2. A medida chega após um surto da doença no condado de Wangkui ter se espalhado para as cidades de Qiqihar e Yichun. O governo de Heilongjiang, que tem mais de 37 milhões de habitantes, relatou 28 casos de Covid-19, sendo que 13 foram confirmados em Wangkui.

Outra baixa bastante forte foi a da Petrobras (PETR3, R$ 29,74, -4,62%; PETR4, R$ 29,15, -4,83%), em uma sessão de baixa – mas menos proeminente, de cerca de 1% – para os contratos futuros do WTI e do brent.

As ações do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 37,55, -4,94%) passaram a registrar queda de mais de 4% após a Veja informar que André Brandão, presidente do Banco do Brasil nomeado por Jair Bolsonaro em setembro do ano passado, poderia estar de saída do cargo. Veja mais clicando aqui. 

Também com os investidores embolsando os lucros após a disparada entre sexta e segunda-feira com as negociações para a fusão entre as duas companhias, as ações da NotreDame (GNDI3, R$ 95,09, -3,63%) e da Hapvida (HAPV3, R$ 17,00, -4,06%) tiveram uma nova sessão de perdas.

Ainda no radar das companhias, está a notícia do Valor Econômico de que, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as companhias deixaram de pagar pouco mais de R$ 450 milhões devido ao Sistema Único de Saúde (SUS), quantia referente aos ressarcimentos que os planos privados devem fazer ao governo quando seus clientes são atendidos na rede pública.

Um levantamento feito pela autarquia mostra um saldo de R$ 229,6 milhões devido pela NotreDame, e outro de R$ 221,6 milhões, cobrado da Hapvida. Segundo fontes do setor ouvidas pelo jornal, as companhias optam por não fazer os pagamentos e discutir na Justiça. Para isso, fazem depósitos judiciais em valores correspondentes à cobrança, evitando assim qualquer tipo de confisco. Especialistas ainda afirmam que existem muitas dúvidas relacionadas à cobrança.

Fora do índice, a Direcional (DIRR3, R$ 14,51, +1,40%) viu suas ações subirem após prévia operacional do 4º trimestre.

Confira os destaques:

Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 31,65, -1,65%)

O Itaú Unibanco lançou nesta terça-feira uma captação de US$ 500 milhões em bônus atrelados a projetos de sustentabilidade, segundo fontes da Reuters e da Bloomberg.

Os papéis embutem rentabilidade sugerida ao investidor de 3,95% ao ano. A operação é coordenada por BTG Pactual, Citi, Credit Agricole, Goldman Sachs, Itaú BBA e JPMorgan.

AES Brasil (TIET11, R$ 16,89, +0,78%) e Ferbasa (FESA4, R$ 22,30, -0,45%)

A elétrica AES Brasil, antiga AES Tietê, assinou nesta terça-feira um memorando de entendimento com a Ferbasa para o fornecimento de 80 megawatts médios pelo prazo de 20 anos, com entrega de energia a partir de 2024, informou a empresa em fato relevante.

O acordo prevê o desenvolvimento de um parque eólico no complexo Cajuína, no Rio Grande do Norte, onde a AES Brasil cria seu “cluster” eólico, disse a companhia, acrescentando que o projeto tem início de construção esperado para este ano.

O projeto possui, segundo a elétrica, 165 megawatts de capacidade instalada, equivalentes a 92 megawatts médios de energia assegurada a P50.

“Esse passo reforça a estratégia de crescimento e diversificação de portfólio da companhia por meio de desenvolvimento de projetos de fontes complementares à hídrica e com contratos de longo prazo”, disse a AES Brasil, controlada pela norte-americana AES Corp, no comunicado.

Com a assinatura do memorando, as partes iniciam a negociação do contrato de compra e venda de energia elétrica.

Em comunicado à parte, a Ferbasa, grande produtora de ferroligas, afirmou que a aquisição do volume junto à AES Brasil “não representa aumento de capacidade produtiva, mas estratégia de redução no custo da energia em seu portfólio de contratos”.

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 20,36, +1,04%)

Os investidores repercutem a notícia da Bloomberg de que a Alimentation Couche-Tard, gigante canadense de lojas de conveniência dona da rede Circle K, estuda uma possível aquisição da rede francesa Carrefour, conforme disseram pessoas com conhecimento do assunto para a Bloomberg.

A Couche-Tard fez uma abordagem inicial ao Carrefour para discutir uma combinação, de acordo com as pessoas, que pediram para não ser identificadas porque a informação é privada. Não há certeza de que as deliberações levarão a uma transação, disseram as pessoas para a agência de notícias. Na terça, as ações CRFB3 subiram 6,05%.

Os analistas do Credit Suisse avaliam que as mudanças indiretas no grupo de controle do Carrefour Brasil devem desencadear a cláusula de tag along (mecanismo previsto na Lei das empresas de Sociedade Anônima que visa dar mais garantia aos acionistas minoritários nos casos de mudança no controle) para os acionistas da companhia. O valor atribuído às operações brasileiras deve ser o driver de CRFB3 nos próximos meses, apontam.

Segundo análise da Levante Ideias de Investimentos, a aquisição tornaria a Couche-Tard a terceira maior varejista do mundo depois da Amazon e da Walmart e marca um retorno das grandes movimentações no setor de varejo alimentar, em rota de consolidação no mundo todo, em busca de escala para melhoria de margens, cada vez mais apertadas. Estima-se um valor para a transação de 20 a 25 euros por ação. No último fechamento, as ações do Carrefour na Europa fecharam próximo a 15 euros por ação, perto de sua mínima histórica.

“Apesar da pressão por preços menores, problemas com sindicatos e margens apertadas na Europa, o Carrefour Brasil vem tendo um desempenho destoante da operação europeia, com margens em níveis saudáveis e em patamar mais alto desde seu IPO no Brasil e vem ganhando participação de mercado de maneira acelerada, com a estratégia digital e expansão de sua rede de atacarejo ganhando tração devido à pandemia, porém sem refletir nos preços de suas ações”, avaliam.

Os analistas da Levante destacam que a notícia também seria positiva para o Casino, o controlador de Pão de Açúcar (PCAR3) e um dos gigantes do varejo francês, que está em fase de reestruturação financeira e poderia abrir uma janela para seguir algum movimento de fusão e aquisição (M&A).

Para a equipe da XP, os papéis CRFB3 estão em alta porque, caso a fusão ocorra, o preço pago pela Couche-Tard irá refletir tanto as operações na Europa como as no Brasil, que representam em torno de 20% da receita total da rede francesa.

“Dessa forma, uma melhor avaliação do grupo implicaria que a empresa canadense estaria vendo um maior valor potencial tanto nas operações da Europa como nas brasileiras”, afirmam. Por outro lado, as ações amenizaram os ganhos, e a XP cita que o mercado, por enquanto, está precificando uma chance de 54% de que o negócio aconteça.

Yduqs (YDUQ3, R$ 33,77, -0,97%)

O Bradesco BBI realizou reunião com executivos da Yduqs. A empresa aumentou sua base de alunos do ensino a distância rapidamente, atingindo 410 mil alunos e 1.383 hubs no terceiro trimestre de 2020, comparado com 179 mil alunos e 338 hubs no terceiro trimestre de 2017.

O banco diz que esse ritmo acelerado deve continuar, à medida que a maior parte dos hubs ainda deve amadurecer. A empresa também espera abrir outros 500 hubs em 2021.

A empresa vem investindo no setor, especialmente na divisão EnsineMe, e foi capaz de elevar em 2% a taxa de retenção em 2020.

Para o banco, a companhia tem espaço para reduzir preços e manter lucratividade. O banco também afirma que reduções de custos e diluições devem compensar por transferências maiores a parceiros. E fusões e aquisições deverão focar em setores estratégicos.

O banco reforça a previsão de crescimento para o setor de ensino a distância da Yduqs, que está em boa posição para continuar crescendo. O banco reafirma a preferência pelas ações da Yduqs no setor de educação, com avaliação em outperform e preço-alvo de R$ 52 em 2021, frente R$ 34,10 negociados na terça (12).

Direcional (DIRR3, R$ 14,51, +1,40%)

A Direcional divulgou prévia operacional do quarto trimestre, totalizando R$ 697 milhões em lançamentos no período, alta de 26% frente 2019.

Foram lançados 10 novos empreendimentos no período.

A Direcional teve vendas líquidas positivas pelo terceiro trimestre consecutivo, de R$ 523 milhões, alta de 41% na mesma base de comparação.

O Itaú BBA destacou que a empresa mostrou métricas operacionais excelentes no trimestre, atingindo recordes de lançamentos e vendas, ultrapassando suas previsões em 11% e 7%, respectivamente. O banco avalia os papéis em outperform, com preço-alvo de R$ 14,80.

O Credit Suisse manteve avaliação de outperform para a Direcional, avaliando que a empresa deve continuar a acelerar suas operações. O banco diz ter uma visão positiva sobre a estratégia da empresa de aumentar a exposição ao segmento de renda média. O preço-alvo é de R$ 20, frente R$ 14,31 de fechamento da véspera.

Recomendações

No radar de recomendações, o Bradesco BBI iniciou a cobertura para as ações da PetroRio (PRIO3, R$ 79,48, +3,90%) com recomendação equivalente à neutra e preço-alvo para o fim do ano de R$ 84 por ação (potencial de alta de 10% em relação ao fechamento da véspera de R$ 76,50), enquanto reduziu a recomendação para as ações da Ambev (ABEV3, R$ 16,17, -3,75%) de neutra para equivalente à venda (underperform, ou desempenho abaixo da média do mercado). O preço-alvo para ABEV3 é de R$ 15,50, um valor 8% menor em relação ao fechamento de R$ 16,80 da véspera.

No caso da PetroRio, o Bradesco BBI faz uma referência entre a companhia e o popular reality show da TV americana “Property Brothers”, ou Irmãos à Obra na versão em português, em que o modelo de negócios da empresa está focado na aquisição de produtos maduros (quase ativos negligenciados) para melhorar seu valor por meio de renovações estratégicas.

Os analistas destacam que, apesar do sólido histórico da PetroRio em entregar bons níveis de Retorno Sobre Capital Investido (ROIC, Return On Invested Capital em inglês), muitas das recentes empreitadas da companhia, como Tubarão Martelo, Frade e as aquisições já estão precificadas nas ações em meio a uma alta de 120% do preço dos ativos desde novembro.

“A maioria dos gatilhos potenciais de agregação de valor para as ações (aquisição de 100% da Wahoo e Albacora), que poderia adicionar outros R$ 35 por ação (45% do valor de mercado atual) ao nosso caso base, com preço-alvo de R$ 84, só deve ocorrer no terceiro trimestre de 2021. Além disso, a oferta secundária de US$ 250 milhões em ações (12% do free float atual) esperado para fevereiro/ março pode levar a um overhang (excesso de ações no mercado, pressionando o papel) no curto prazo”, apontam os analistas.

Com relação à Ambev, o Bradesco BBI destaca que a companhia teve alta de suas ações de cerca de 20% nos últimos seis meses, em linha com o Ibovespa.

Os analistas apontam inovações da empresa, como lançamento da Brahma Duplo Malte e o alcance da plataforma Zé Delivery, que contribuíram para que a Ambev tivesse ganho de mercado. Porém, avaliam que o mercado está excessivamente otimista com a perspectiva de consumo em 2021.

O banco diz esperar 2% de queda no volume de cerveja da empresa em 2021, com o fim do auxílio emergencial, que, em sua visão, vem contribuindo para manter altos volumes apesar do aumento do desemprego. Por isso, reduziu a recomendação para os ativos.

Embraer (EMBR3, R$ 9,20, -0,97%)

A Embraer informou que a companhia aérea Congo Air encomendou mais dois jatos do modelo E195-E2, ampliando um pedido feito há seis meses de outras duas aeronaves. O contrato total, dos quatro jatos, totaliza US$ 272 milhões e a nova encomenda será incluída no carteira de pedidos firmes da Embraer do quarto trimestre de 2020.

As aeronaves serão configuradas em duas classes, com total de 120 assentos, sendo 12 na executiva.

De acordo com a análise da Guide Investimentos, a notícia é positiva. “Com as expectativas positivas quando a retomada a partir do início das campanhas de vacinação contra a Covid-19 em diferentes regiões, o setor de companhias aéreas já começa a reagir e se preparar para conseguir atender a toda a demanda, que vem crescendo mais a cada mês”, avalia Luís Sales, analista da Guide.

Gafisa (GFSA3, R$ 4,25, +3,41%) e Even (EVEN3, R$ 11,30, -1,40%)

A construtora Gafisa informouque exerceu a opção que tinha com a Even para comprar de 32 unidades do Hotel Fasano Itaim, na capital paulista, por R$ 310 milhões.

O negócio, que inclui restaurantes e centro de eventos, inaugura as atividades da Gafisa Propriedades, braço de gestão de imóveis próprios e de terceiros. Com a transação, a fatia da Gafisa no negócio chega 80,37% do Hotel Fasano Itaim.

BR Distribuidora (BRDT3, R$ 22,21, -1,33%)

A BR Distribuidora informou nesta quarta-feira que assinou memorando de entendimento não vinculante com a New Fortress Energy e CCETC Brasil Holding para potencial venda de participação nas usinas termelétricas Pecém Energia e Energética Camaçari Muricy II.

O preço e outras condições para uma transação ainda estão em discussão, disse em comunicado. Pecém e Muricy são veículos de propósito específico (SPE), ainda em fase pré-operacional, e são responsáveis pela implantação dos Projetos Pecém II e Muricy II.

A New Fortress financia, constrói e opera infraestrutura de gás natural e logística para fornecer soluções de energia. “A BR salienta que o fechamento desta transação e a assinatura do contrato de compra e venda continuam sujeitos às aprovações do seu conselho de administração e às condições precedentes usuais em transações desta natureza”, diz a empresa.

SulAmérica (SULA11, R$ 42,80, +1,21%)

Já o Conselho de Administração da Sul América informou que tomou conhecimento da decisão de Gabriel Portella Fagundes Filho de não renovar seu mandato como Diretor Presidente da companhia para o próximo ciclo. O conselho decidiu pela indicação de Ricardo Bottas Dourado dos Santos, atual Diretor Vice-Presidente de Controle e de Relações com Investidores para a posição de Diretor Presidente após o término do mandato de Portella, em 29 março de 2021.

O Credit Suisse avaliou a notícia como “não impactante”, por acreditar que não haverá mudanças de estratégia da empresa, que deverá se manter conservadora.

Frigoríficos

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) fez uma revisão para baixo nas expectativas de produção de milho, o que mantém o mercado bullish.

A XP Investimentos destaca que a menor produtividade do milho nos EUA foi um dos principais motivos da queda na projeção para a safra 2020/21. Tal fator, somado a números menores para Brasil e Argentina, resultou em alta nos preços do milho na CBOT ontem, com fechamento no limite de alta. Apesar da perspectiva de aumento na produção versus a safra 2019/20, o cenário de oferta e demanda parece estar ajustado e sem grande espaço para revisões para baixo.

Com relação à soja, uma ligeira redução da produtividade nos EUA somada a uma projeção de produção menor de Argentina foi parcialmente compensada por um aumento na safra da China, mas a expectativa é de que o próximo relatório revise a produção do Brasil para baixo então o cenário seguiria altista. Preços mais altos para o milho devem afetar negativamente a área de plantio de soja impulsionando os preços do farelo de soja, vide preços mais altos ontem na bolsa também.

Sobre os frigoríficos, os preços mais altos dos grãos devem pressionar as margens dos pecuaristas nos EUA, em um momento no qual a indústria ainda está processando o excesso de oferta de gado gerado em 2020. “Nesse sentido, a demanda deve seguir crucial para manter as margens dos frigoríficos nos atuais níveis elevados. Para a avicultura, o cenário ainda parece desafiador, com custos subindo mais rápido que o preço da carne, enquanto a carne suína perdeu fôlego após o Ano Novo chinês, como já era esperado”, apontam os analistas da XP.

Petrobras (PETR3, R$ 29,74, -4,62%; PETR4, R$ 29,15, -4,83%)

Na sexta-feira (8), a Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis) protocolou ofício no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) alertando sobre o que a entidade considera prática de “preços predatórios” por parte da Petrobras. A Abicom disse avaliar que o preço médio do litro do combustível vendido pela estatal na refinaria está R$ 0,40 abaixo da paridade internacional no caso da gasolina, e R$ 0,30 abaixo no caso do diesel.

Na terça, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, rebateu as acusações de que a empresa estaria segurando o reajuste para prejudicar concorrentes privadas. Em entrevista ao jornal Valor, afirmou que “O controle de preços já foi remetido ao museu de armas ineficazes no combate à inflação”.

Ser (SEER3, R$ 15,66, -0,57%) e Ânima (ANIM3, R$ 36,09, +0,25%)

As empresa de educação Ser e Ânima informaram que não exerceram suas opções recíprocas de compra e de venda sobre 100% da UniRitter; Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Fadergs), e do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR).

Segundo a Ser, no entanto, segue vigente seu direito de preferência, para compra de Ritter, Fadergs e IBMR, caso a Ânima decida vender tais entidades a terceiros.

Brasil Brokers (BBRK3, R$ 2,21, +4,74%)

Assembleia geral extraordinária da Brasil Brokers Participações aprovou proposta de aumento de capital no valor de R$ 120 milhões de ações, divulgada em 11 de dezembro. O aumento ocorrerá por meio de emissão de 42.253.521 ações.

MRV (MRVE3, R$ 20,21, +4,39%)

A MRV Engenharia e Participações comunicou que Eduardo Paes Barretto renunciou ao cargo de diretor executivo de comercial e crédito, para o qual havia sido eleito pelo conselho de administração em março de 2019.

(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.