• Agência ANSA
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Turistas usam máscaras para se proteger do coronavírus em Roma, na Itália. ROME, ITALY - FEBRUARY 24: Tourists wearing face masks visit the Colosseum area on February 24, 2020 in Rome, Italy. The Italian government declared a state of emergency on January (Foto: Antonio Masiello/Getty Images)

Turistas usam máscaras para se proteger do coronavírus em Roma, na Itália. (Foto: Antonio Masiello/Getty Images)

O comissário para a Emergência Covid-19 na Itália, Domenico Arcuri, informou nesta quinta-feira (21) que a farmacêutica Pfizer enviará 20% menos vacinas anti-Covid do que estava previsto na próxima semana.

"Nós recebemos 29% a menos de doses da Pfizer nesta semana e nos foi comunicado que receberemos 20% menos na próxima semana. Os atrasos prosseguem", disse Arcuri em entrevista.

O anúncio do governo italiano ocorre horas depois da Comissão Europeia informar que a empresa havia comunicado que as entregas seriam normalizadas a partir da semana que vem.

A diminuição no ritmo do envio dos imunizantes BNT 162b, desenvolvidos em parceria com o laboratório alemão BioNTech, causou muitas críticas dos europeus e até mesmo a paralisação das campanhas de imunização nacionais. A Itália, inclusive, está estudando acionar a Pfizer na Justiça por conta do problema.

Conforme Arcuri, os atrasos fizeram com que o país passasse de uma média de 80 mil vacinados por dia - chegando a passar de 92 mil em um único dia - para uma média de 28 mil imunizados diariamente.

Por conta dos atrasos, diversas regiões italianas seguiram o conselho do Ministério da Saúde do país e começaram a reservar uma cota de 30% das doses recebidas para conseguir aplicar a segunda dose no prazo indicado de 28 dias.

"Nós compartilhamos com as regiões os critérios que fomos obrigados a colocar em prática para reparar os atrasos na chegada das doses. A nossa campanha ficou lenta por falta de matéria prima: se há menos vacinas no momento em que se inicia a aplicar a segunda dose, grande parte [das novas doses] ficará para a segunda dose e isso deixará menos para vacinar as categorias de pessoas destinadas à primeira sessão de aplicação", acrescentou ainda o comissário.

Até o momento, a União Europeia liberou o uso - através da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) - das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna. Da primeira, foram compradas mais de 300 milhões de doses para o bloco; da segunda, cerca de 160 milhões.

A EMA informou que, até o fim de janeiro, também deve liberar a vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca que, por usar um método tradicional de produção de vacinas, terá uma distribuição mais fácil do que as duas anteriores - que precisam de refrigeração e condicionamento especial.