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Boi e soja sobem mas milho tem leve queda; veja notícias desta sexta

O dólar mais alto beneficiou tanto a saca de soja quanto a de café; temor de que o teto de gastos seja desrespeitado desvaloriza o real

  • Boi: arroba encosta em R$ 300, de acordo com o Cepea
  • Milho: cotações têm leve recuo com melhora das ofertas
  • Soja: bushel cai novamente em Chicago; câmbio sustenta preços no Brasil
  • Café: saca avança seguindo dólar e Nova York
  • No exterior: avanço da pandemia preocupa mercados
  • No Brasil: candidatos à presidência do Congresso acenam por mais auxílio

Agenda:

  • Brasil: arrecadação federal de dezembro
  • Brasil: dados das lavouras de Mato Grosso (Imea)
  • EUA: exportações semanais de grãos (USDA)

Boi: arroba encosta em R$ 300, de acordo com o Cepea

O indicador do boi gordo do Cepea segue renovando as máximas históricas da série e encosta nos R$ 300 por arroba. A cotação passou de R$ 294,60 para R$ 297,05, subindo pelo quarto dia consecutivo e acumulando uma alta de 11,19% no ano. Algumas consultorias especializadas já projetam negócios acima de R$ 300 por arroba em São Paulo, sobretudo nas boiadas voltadas à exportação. Como o indicador do Cepea é uma média dos negócios informados, é provável que nos próximos dias as altas continuem.

No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 tiveram variações mais modestas. O vencimento para janeiro passou de R$ 294,65 para R$ 295,30 e para fevereiro foi de R$ 294,15 para R$ 294,60 por arroba.

Milho: cotações têm leve recuo com melhora das ofertas

Após subir por oito dias consecutivos, o indicador do milho do Cepea teve um leve recuo e passou de R$ 85,44 para R$ 85,03 por saca, queda diária de 0,5%. Ainda assim, no acumulado de 2021, a cotação já avançou 8,1%.

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, é possível observar uma melhora das ofertas. Segundo o analista da empresa, Fernando Iglesias, há um efetivo aumento da fixação de oferta em alguns estados, mas o efeito nos preços ainda está acomodado.

Soja: bushel cai novamente em Chicago; câmbio sustenta preços no Brasil

O bushel da soja negociado em Chicago teve a quarta queda diária consecutiva, ainda que dessa vez em menor grau. O contrato para março recuou 0,10% e passou de US$ 13,694 para US$ 13,68 por bushel. O mercado segue reagindo negativamente à volta das chuvas na América do Sul.

No Brasil, a desvalorização do real em relação ao dólar garantiu sustentação dos preços da soja no mercado doméstico. O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), subiu de R$ 168,79 para R$ 170,11 por saca, mas ainda está abaixo do recorde registrado nesta semana, de R$ 171,29.

Café: saca avança seguindo dólar e Nova York

O mercado físico brasileiro de café teve um dia marcado por preços mais altos seguindo os avanços do arábica em Nova York e do dólar em relação ao real. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o ritmo de negócios melhorou, sobretudo para os cafés de melhor qualidade.

No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação subiu de R$ 635/640 para R$ 650/655. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 655/660, no comparativo com R$ 645/650 do dia anterior.

No exterior: avanço da pandemia preocupa mercados

Os mercados globais abrem o dia majoritariamente em queda com o avanço da pandemia nas principais economias do mundo. A expectativa de que a China volte a impor medidas pesadas de restrição à circulação de pessoas gerou baixas nos índices de ações dos mercados asiáticos.

Também pesa no sentimento dos investidores as dificuldades que alguns países estão tendo para implementar as campanhas de vacinação. A Pfizer chegou a cortar pela metade o volume de vacinas que entregará para países da União Europeia nesta semana. Na semana passada, a empresa justificou que os cortes poderiam ocorrer em virtude de uma tentativa de ampliar a capacidade de produção de suas fábricas.

No Brasil: candidatos à presidência do Congresso acenam por mais auxílio

O candidato à presidência do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quinta-feira, 21, que o Congresso deverá negociar com o Ministério da Economia uma saída para a extensão do auxílio emergencial a partir de fevereiro. Os candidatos à presidência da Câmara, Deputados Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP), também já acenaram nesse sentido, ainda que fazendo mais contrapontos em relação à situação fiscal do país.

Os investidores reagiram mal às declarações, pois viram uma indicação de que o Teto dos Gastos poderá não ser respeitado em um futuro próximo. Dessa forma, o risco fiscal aumenta e o real se desvaloriza em relação ao dólar. O mercado espera que Legislativo e Executivo encontrem soluções para estender o auxílio emergencial reduzindo outras despesas e também sem elevar a carga tributária.