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Deutsche Bank investiga práticas ilegais das sucursais na Europa. Portugal em foco

O banco alemão abriu uma investigação interna para averiguar se as suas operações noutros países estariam a cumprir as regras europeias para os serviços bancários. Investigação surgiu em Espanha e tem Portugal também na mira.

A sucursal do banco alemão em Portugal é o mais reclamado nas contas de depósito. O Deutsche Bank lidera a lista de reclamações. Recebe 0,33 reclamações por cada 1.000 contas de depósito à ordem.
Gonçalo Almeida goncaloalmeida@negocios.pt 25 de Janeiro de 2021 às 12:22
O alemão Deutsche Bank abriu uma investigação interna para perceber se as suas sucursais noutros pontos da Europa estão a cumprir ou não a legislação da União Europeia (UE) relativa à regulação do setor na região, de acordo com um comunicado do banco no fim de semana. 

O Project Trial, nome da investigação, começou no ano passado, devido a várias queixas de clientes sobre a quebra das regras do MiFID, uma diretiva europeia relativa aos mercados de instrumentos financeiros, em vigor desde 2007. Inicialmente, a operação de averiguação teve lugar em Espanha, segundo avança o Financial Times.

Mas apesar de todo o processo se ter desencadeado no país vizinho, a investigação rapidamente se alastrou ao resto da Europa mas, de acordo com o FT, os clientes de Espanha e de Portugal podem ter sido os mais afetados.

De acordo com as regras do MiFID, os bancos são obrigados a catalogar os seus clientes por níveis de sofisticação financeira, como investidor de retalho ou investidor profissional, por exemplo, para ser mais fácil o aconselhamento de um determinado tipo de produtos. A nova diretiva, a MiFID II, pretende dar maior proteção ao investidor e trazer mais transparência e supervisão aos mercados financeiros.

A auditoria surge porque o Deutsche Bank acredita que parte da sua equipa vendeu intencionalmente tipos de produtos inadequados para clientes que podem não ter sido capazes de entender o risco que corriam com essas posições.

O banco germânico não está de olho apenas em alguns casos isolados, uma vez que a investigação se centra numa prática comum que tem lugar há vários anos.
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