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Confira os preços do boi, milho e soja e outras notícias desta quinta

No cenário econômico, nova rodada de auxílio emergencial proposta pelo Congresso pode pressionar orçamento e fazer o real se desvalorizar

  • Boi: arroba segue com altas moderadas
  • Milho: cotações ficam estáveis no Brasil
  • Soja: preços ficam mistos, apesar da valorização em Chicago
  • Café: arábica tem novo avanço seguindo Nova York e câmbio
  • No exterior: bolsas seguem em alta mirando resultados corporativos
  • No Brasil: presidentes eleitos do Congresso voltam a defender novo auxílio emergencial

Agenda:

  • Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
  • Brasil: dados de exportação, vendas e produção de máquinas agrícolas (Anfavea)
  • EUA: exportações semanais de grãos (USDA)

Boi: arroba segue com altas moderadas

A arroba do boi gordo subiu 0,28% e passou de R$ 301,05 para R$ 301,90, segundo o indicador do Cepea. Dessa forma, ultrapassou 13% de valorização acumulada em 2021. O mercado segue tendo dificuldades de alcançar as altas mais firmes observadas no fim de janeiro e tem elevações mais moderadas.

No mercado futuro, os contratos de boi gordo negociados na B3 tiveram um dia misto, com os mais curtos tendo leves quedas e os mais longos, pequenas altas. O vencimento para fevereiro passou de R$ 299,20 para R$ 298,55 por arroba e o para maio foi de R$ 286,20 para R$ 286,50.

Milho: cotações ficam estáveis no Brasil

O mercado brasileiro de milho segue com dificuldade de testar novas valorizações e teve cotações estáveis. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os produtores procuram não ceder mais em relação aos preços, enquanto que os compradores sinalizam estoques confortáveis para os próximos dias.

O indicador do milho do Cepea passou de R$ 83,03 para R$ 83,09 por saca.

Na B3, os contratos futuros do milho tiveram ajustes positivos na comparação diária na maioria dos vencimentos. Apenas o mais líquido, março, teve queda, e passou de R$ 87 para R$ 86,86 por saca. O ajuste do maio subiu de R$ 84,66 para R$ 84,98 por saca.

Soja: preços ficam mistos, apesar da valorização em Chicago

Os preços da soja no mercado brasileiro ficaram mistos apesar da firme alta em Chicago e do avanço do dólar em relação ao real. A oleaginosa volta a tentar se aproximar dos US$ 14 por bushel no exterior, sustentada pela demanda pelo produto norte-americano.

No Brasil, a Safras & Mercado reportou avanços no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás, e quedas em Cascavel (PR) e Dourados (MS). O indicador do Cepea para a soja negociada no porto de Paranaguá (PR) caiu de R$ 168,47 para R$ 166,12 por saca.

Café: arábica tem novo avanço seguindo Nova York e câmbio

A consultoria Safras & Mercado reportou preços mais altos para o café arábica, com o impulso vindo dos avanços das cotações em Nova York e do dólar em relação ao real. De acordo com a análise da empresa, a demanda foi mais agressiva e deu suporte aos negócios. Ainda assim, os vendedores seguiram mais retraídos.

No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 665/670 para R$ 670/675 a saca. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 675/680, contra R$ 670/675 no dia anterior.

No exterior: bolsas seguem em alta mirando resultados corporativos

As bolsas globais seguem em alta e se encaminham para uma das semanas mais positivas do ano. Os investidores focam nos resultados financeiros de grandes empresas, sobretudo de bancos, para avaliar os efeitos da pandemia nos lucros. Os dados do Deutsche Bank, banco alemão, surpreenderam positivamente o mercado europeu.

Nos Estados Unidos, o foco segue sendo o novo pacote de estímulos prometido pelo presidente Joe Biden e notícias sobre a pandemia. Os democratas e os republicanos seguem tentando um acordo para o valor e os principais destinos do novo projeto de estímulo fiscal. Em relação à pandemia, os EUA começam a observar uma acomodação do número de casos ativos e diminuição de novos casos. Além disso, já é possível perceber uma ligeira queda dos óbitos diários. O país tenta agora acelerar o ritmo de vacinação.

No Brasil: presidentes eleitos do Congresso voltam a defender novo auxílio emergencial

Os presidentes eleitos do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o deputado Arthur Lira (PP-AL), voltaram a defender um novo programa de auxílio emergencial. Apesar de ambos defenderem que a nova despesa fique dentro do Teto dos Gastos, a estrutura atual do Orçamento Federal praticamente não comporta novas linhas de despesas.

Os investidores monitoram atentamente qual será a solução encontrada pelo Executivo e pelo Legislativo para oferecer uma nova rodada de auxílio à população. Uma das alternativas é a aprovação da PEC Emergencial, que permite alguns cortes temporários de custos que são fixos, como salários de servidores, por exemplo. Se o Congresso e o governo federal não encontrarem uma solução dentro do Teto, a expectativa é que o risco fiscal siga pressionando negativamente a moeda brasileira.