Lucro da Allianz recua 14% em 2020 para 6.800 milhões de euros

A Allianz alcançou um lucro de 6.800 milhões de euros, uma queda de 14% face a 2019.

O resultado operacional foi inferior em 2020, face ao ano anterior, ao situar-se em 10.800 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 9,3%, incluindo o impacto negativo de 1.300 milhões de euros atribuído às consequências da pandemia de covid-19.

No ramo não-vida, a Allianz viu o resultado operacional cair 13,4%, o que se deveu aos sinistros relacionados com os efeitos negativos da pandemia, sobretudo ao nível das linhas de crédito comerciais para negócios, mas também devido a um maior número de sinistros relacionados com catástrofes naturais e a um menor resultado dos investimentos.

No ramo vida, a Allianz denotou um resultado operacional inferior em 7,4 %, face ao registado em 2019. A seguradora justifica a queda neste indicador financeiro, nomeadamente, com a venda de Allianz Popular em Espanha.

Já no que diz respeito à gestão de ativos, a seguradora sublinha ter registado melhoria, cresceu 5,5% em termos homólogos, o que se deveu ao aumento dos ativos sobre sua gestão e à disciplina em termos de custos, lê-se no comunicado.

A Allianz acredita que, "em 2020, num ambiente extremamente desafiador, demonstrou resiliência face a uma crise de saúde sem precedentes e às baixas taxas de juros que persistem há longo tempo".

A faturação no ramo vida, por sua vez, caiu 1,3% para 140.000 milhões de euros, enquanto as receitas recuaram 3,1% no caso dos seguros vida e saúde.

Já o volume de negócios subiu 0,4% no ramo não-vida e a gestão de ativos melhorou 2,6% em termos homólogos.

A administração vai propor o pagamento de um dividendo de 9,60 euros por ação relativo a 2020, igual ao valor do ano anterior, pelo que mantém a remuneração aos acionistas, após aumentá-los sete anos consecutivos.

O presidente executivo da Allianz, Oliver Bäte, prevê ainda que seguradora tenha este ano um lucro operacional entre 11.000 milhões euros e 13.000 milhões de euros.