• Ana Carolina Nunes
Atualizado em
ABB Yumi (Foto: Divulgação)

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Já pensou em ter um robô como colega de trabalho? Pois para quem atua na indústria essa é uma realidade. O mercado de trabalho para robôs está aquecido. De acordo com levantamento da Federação Internacional de Robótica (World Robotics Federation - IFR), em 2019, mais de 22 mil novos robôs colaborativos foram implantados globalmente, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. A estimativa da IFR é que atualmente existam 2,7 milhões trabalhando em fábricas ao redor do mundo.

Projeta-se que a demanda por robôs colaborativos cresça, anualmente, em torno de 17% até 2025 e que o valor das vendas globais de cobots dobre até lá, atingindo US$ 1,4 bilhão. Segundo cálculos da ABB, multinacional de soluções em automação, o mercado global para todos os robôs industriais pode chegar a US$ 58 bilhões até 2023, com a pandemia do novo coronavírus sendo um grande impulsionador desse mercado.

É de olho no mercado aquecido que a ABB lança novas famílias de cobots, como são chamados os robôs colaborativos, programados para operar na presença de trabalhadores humanos sem a necessidade de barreiras físicas de segurança, como cercas. Os novos robôs da empresa, batizados de GoFa e SWIFTI, têm capacidade de carga e força e velocidade mais altas que os modelos lançados em 2015, YuMi e Single Arm YuMi, considerados os primeiros cobots do mundo.

A ABB afirma que os novos modelos devem ter a maior demanda vinda de segmentos de alto crescimento, como eletrônicos, saúde, bens de consumo, logística e alimentos e bebidas. "A expansão do portfólio de cobots é projetada para ajudar os usuários de robôs novos e existentes a acelerar a automação em meio a quatro megatendências principais, incluindo consumidores individualizados, escassez de trabalho, digitalização e incerteza, que estão transformando os negócios e impulsionando a automação em novos setores da economia", disse Sami Atiya, presidente de Negócios de Robótica e Automação Discreta da ABB. 

Com os robôs projetados para serem operados intuitivamente, sem a necessidade de treinamento ou  especialistas em programação para instalação, os planos da companhia é que a nova família também seja abraçada por pequenas indústrias de baixos níveis de automação.

Os cobots automatizam processos, auxiliam os trabalhadores com tarefas, como manuseio de materiais, alimentação de máquinas, montagem de componentes e embalagem na manufatura e podem atuar em laboratórios médicos, centros de logística e armazéns, oficinas e pequenas instalações de produção.

Pesquisa da ABB, conduzida pela 3Gem Global Market Research & Insights, feita com 1.650 grandes e pequenas empresas de sete países (EUA, China, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Itália e Suécia), mostrou que 84% delas planejam aumentar o uso da robótica e da automação na próxima década, enquanto 85% disseram que a pandemia foi um "marco de mudança" para seus negócios e indústria, sendo um catalisador para acelerar o investimento em automação.

Quase metade das empresas (43%) disseram que estavam procurando a robótica para ajudá-las a melhorar a saúde e a segurança no local de trabalho, 51% alegaram que ela poderia aumentar o distanciamento social e mais de um terço (36%) estavam considerando usar a automação robótica para melhorar a qualidade de trabalho para seus funcionários. Já 78% dos proprietários de empresas disseram que recrutar e reter profissionais para trabalhos repetitivos e ergonomicamente desafiadores é difícil.
 

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