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PSI-20 acompanha Europa no verde com valorização da Galp, Ramada e Altri

O ritmo de vacinação na zona euro está a aumentar. O reinício do envio da vacina da J&J para a União Europeia depois de o regulador da região ter referido que os benefícios superam os riscos, suportaram as esperanças na aceleração da campanha de vacinação na Europa. Na dívida soberana a ‘yield’ espanhola já apanhou a taxa de juro da dívida portuguesa.
21 Abril 2021, 17h32

O PSI-20 fechou a sessão desta quarta-feira com uma subida de 0,11% para 4.953,18 pontos com os ganhos da indústria e da petrolífera. A Galp subiu 1,33% para 9,43 euros.

Destacaram-se na sessão as subidas da F.Ramada (+2,12% para 5,78 euros); da Altri (+1,58% para 6,43 euros); e a construtora Mota-Engil que subiu 1,21% para 1,424 euros.

Nas quedas o destaque vai para o BCP que viu as suas ações recuarem 1,14% para 0,1127 euros. Depois a Corticeira Amorim (-1,39% para 9,92 euros); a Pharol perdeu 1,53% para 0,1032 euros.

As EDPs também fecharam em queda. Com a Energias de Portugal a cair 0,96% para 4,93 euros; e a EDP Renováveis que perdeu 0,82% para 19,41 euros.

Lá fora, as bolsas europeias regressam aos ganhos, com triggers em diversos sectores. Segundo a análise de Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium investment banking, “as praças europeias regressaram aos ganhos, sustentados por algumas contas empresariais acima do esperado”.

O BCP realça os bons números e projeções da ASML (empresa holandesa e o maior fornecedora dos setor dos semicondutores) que geraram otimismo no setor tecnológico; as perspetivas otimistas da Roche animaram o sector farmacêutico; as receitas da Kering superaram as expectativas puxaram pelo de Bens de Luxo e o bom desempenho das vendas comparáveis do Carrefour em França estiveram em destaque no Retalho.

As vendas da Gucci recuperaram no primeiro trimestre, sinalizando uma recuperação para a marca de luxo depois do apelo da sua moda extravagante ter diminuído no ano passado. As vendas comparáveis cresceram 25% na Gucci para 2,17 mil milhões de euros, superando o crescimento esperado pelos analistas (19%), refere o analista do BCP. De notar que a marca italiana representa 56% da receita total do grupo.

Já no Carrefour os analistas destacam o bom desempenho em França que ofusca as receitas aquém do esperado. As vendas comparáveis do primeiro trimestre em França aumentaram 3,5%, quando os analistas estimavam apenas 0,6%. Mas as vendas totais ficaram pelos 18,58 mil milhões, aquém do previsto (18,93 mil milhões de euros), com França a contribuir com 9,16 mil milhões (acima da estimativa de 8,99 mil milhões).

O ritmo de vacinação na zona euro está a aumentar. O reinício do envio da vacina da J&J para a União Europeia depois de o regulador da região ter referido que os benefícios superam os riscos de uma possível ligação com casos de coágulos sanguíneos raros, suportaram as esperanças na aceleração da campanha de vacinação na Europa.

“A Galápagos [farmacêutica] foi dos títulos que mais avançou no Stoxx 600, perante uma recomendação de compra e com upside significativo dada pelo Deutsche Bank”, diz o analista do BCP.

A nível macroeconómico destaque para a inflação no Reino Unido pode ter iniciado ciclo de subida. O FTSE 100 subiu 0,52% para 6.895,3 pontos.

O global EuroStoxx 50 ganhou 0,91% para 3.976,41 pontos e o Stoxx 600 avançou 0,65%.

O francês CAC 40 fechou a subir 0,74% para 6.210,55 pontos; o alemã DAX avançou 0,44% para 15.195,97 pontos; o italiano FTSE MIB fechou em alta de 0,30% para 24.161,38 pontos; o IBEX subiu 0,71%.

No mercado do petróleo a queda do Brent em Londres está nos 0,96% para 65,93 dólares o barril. Segundo o analista da XTB, Henrique Tomé, “a volatilidade do petróleo poderá aumentar após a divulgação dos inventários de petróleo dos EUA. O relatório da American Petroleum Institute (API) de ontem mostrou um ligeiro aumento nos inventários, enquanto o DOE (Departamento de Energia)  espera uma queda nos inventários”.

O euro cai 0,06% para 1,2029 dólares.

No mercado de dívida soberana, a dívida alemã a 10 anos cai 0,02 pontos base para -0,26%. A dívida portuguesa recua 0,89 pontos base para 0,39%; a dívida espanhola baixa 1,16 pontos base para 0,39% (apanhando a yield portuguesa) e Itália vê os juros soberanos caírem 2,61 pontos base para 0,75%.

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