Os primeiros produtos comprados com bitcoin foram duas pizzas em 22/05/10 por 10 mil bitcoins. Desde então, a comunidade de criptomoedas comemora a data fazendo diversas promoções com a refeição favorita de milhões.
Não diferirá em 2021, empresas brasileiras como Novadax, Foxbit e Bitpreço já estão lançando suas campanhas no Brasil. Nos Estados Unidos o mega-investidor Anthony Pompliano criou a iniciativa “Bitcoin Pizza”, na qual 100% dos lucros serão destinados ao fundo da Humans Rigths Foundation que incentiva o desenvolvimento do Bitcoin.
Neste ano, 10 cidades nos EUA vão participar da promoção incluindo Los Angeles, Austin, Nova York, Miame e São Francisco.
As pizzas levam nomes de memes do bitcoin, como “Laser Eyes”, “Favorita do Satoshi” e “Não é sua chave, não é seu queijo”. As pizzas serão entregues em caixas personalizadas.
Apesar da ótima ideia, os bitcoiners notaram que o site da campanha não aceita bitcoin, apenas cartão de crédito e Google Pay.
“Onde está a diversão quando você não consegue pagar em bitcoin?”, comentou um usuário no Twitter.
Muito mais do que o pagamento de uma pizza
Provavelmente os pagamentos de bitcoin não foram adotados devido as altas taxas de transação, além da provável demora para confirmar pagamentos em um blockchain que está cada vez mais congestionado. O bitcoin consegue processar teoricamente pouco mais de 7 transações por segundo, em comparação, a Visa consegue mais de 24 mil.
Em 2017, parte da comunidade decidiu fazer um fork do BTC para aumentar o tamanho dos blocos e permitir mais transações, nascendo o Bitcoin Cash. Apoiada por parte dos pioneiros do Bitcoin como Daniel Fraga, Roger Ver e outros, a criptomoeda ganhou ticker próprio (BCH), mas não foi bem recebida pelas corretoras e por boa parte da comunidade. O BCH consegue processar mais de 100 transações por segundo, entre fevereiro e o final de abril, o BCH teve mais transações que o BTC:
Apesar das vantagens de processar mais transações, os apoiadores do BTC acreditam que a solução de escalabilidade do Bitcoin Cash sacrifica a descentralização do sistema. Além do mais, a narrativa de boa parte da comunidade do Bitcoin é de que ele é ouro digital e não um meio de pagamento.
Os próprios desenvolvedores do Bitcoin (BTC) não incentivam o uso da criptomoeda como meio de pagamento e preferem que os bitcoiners usem cartão de crédito.
“Pague com seu cartão de crédito… Quando a conta do seu cartão de crédito chegar, então venda a quantidade suficiente de bitcoin para pagá-la” Jimmy Song, desenvolvedor do Bitcoin.