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Wall Street sobe e S&P 500 vai a recordes com retoma na mira

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em alta, com o Standard & Poor’s 500 a fixar um máximo de sempre, numa sessão em que os investidores puseram de lado os receios quanto à inflação e se focaram na perspetiva de uma retoma económica robusta.

Reuters
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 10 de Junho de 2021 às 21:28

O Dow Jones fechou a somar 0,06%, para se fixar nos 34.466,24 pontos. O seu máximo histórico foi atingido a 10 de maio, quando tocou nos 35.091,56 pontos.

 

Já o Standard & Poor’s 500 avançou 0,47%, para 4.239,18 pontos, o que constituiu um recorde de fecho. Durante a sessão marcou um máximo de sempre, nos 4.249,74 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,78% para se fixar nos 14.023,33 pontos.

 

As tecnológicas estiveram entre os melhores desempenhos do dia, mostrando que os investidores continuam a apostar nos setores que se revelaram fiáveis durante a pandemia de covid-19.

 

O foco dos investidores estava nos dados do índice de preços no consumidor em maio, nos EUA, que foram revelados pouco depois da abertura e que revelaram um aumento acima do esperado. O IPC aumentou 0,6% em maio, depois de ter subido 0,8% em abril – que tinha sido o maior pulo desde junho de 2009.

 

Apesar de permanecerem os receios de uma inflação persistente, este aumento também deixa antever que a Fed não reduza os estímulos este ano, o que animou a negociação, com os intervenientes de mercado a preferirem centrar as atenções nesse cenário.

 

Por outro lado, o número de norte-americanos que na semana passada pediu pela primeira vez subsídio de desemprego caiu para o mais baixo nível de quase 15 meses.

 

"Os recentes dados do mercado laboral nos EUA são um sinal positivo de que a retoma está a acelerar no país", comentou à Reuters uma analista da Rystad Energy, Louise Dickson.

 

Os investidores aguardam com expectativa pela próxima reunião da Fed, nos dias 15 e 16 de junho, à espera de mais sinais sobre a sua política monetária.

GameStop mergulha 27%

 

Pela negativa, na sessão de hoje, destaque para a GameStop, que afundou 27,16% no fecho – a maior perda diária desde 24 de março – para 220,39 dólares.

 

Ontem, depois do fecho de Wall Street, a retalhista norte-americana dos videojogos caiu no "after hours" da bolsa nova-iorquina depois de várias notícias em catadupa, algumas delas menos bem recebidas pelos investidores.

 

Logo após o encerramento dos mercados, a GameStop anunciou que Matt Furlong e Mike Recupero, que já trabalharam na Amazon, serão os novos presidente executivo e diretor financeiro da empresa, respetivamente.

 

No passado dia 18 de abril, quando a empresa comunicou que o seu CEO, George Sherman, sairia no dia 31 de julho – ou mais cedo, se fosse encontrado um sucessor antes disso –, as ações dispararam. E não foi esta notícia de ontem, com os nomes dos novos CEO e CFO, que abalou a sua negociação no "after hours" e na sessão ao longo desta quinta-feira.

 

A GameStop reportou também, assim que a bolsa encerrou, as contas do primeiro trimestre, com um aumento de 25% das receitas, para 1,28 mil milhões de dólares – que superaram assim as estimativas do consenso de mercado, que apontavam para 1,17 mil milhões.

 

Já o resultado líquido foi negativo, com a empresa a revelar uma perda ajustada de 45 cêntimos de dólar por ação.

 

A empresa não apresentou qualquer "guidance" para o resto do ano, o que desagradou aos intervenientes do mercado. E, além disso, anunciou que pretende vender títulos: quer colocar no mercado até cinco milhões de ações.

 

Para culminar, foi também comunicado que a Securities and Exchange Commission [SEC – autoridade reguladora do mercado de capitais nos EUA, correspondente à CMVM em Portugal] está a investigar a atividade de trading da empresa.

 

A GameStop recebeu um pedido da SEC para a apresentação voluntária de documentos e informação relativamente a uma investigação que incide sobre a sua atividade de negociação dos seus próprios títulos e de outras empresas.

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