A semana em oito gráficos: Europa sobe há quatro semanas e Stoxx 600 marcou recordes todos os dias

As bolsas europeias subiram, com o índice de referência Stoxx 600 a fixar novos máximos históricos e a marcar saldo positivo pela quarta semana consecutiva. A animar esteve a expectativa de um prolongamento das generosas medidas de apoio por parte dos decisores políticos, apesar da subida da inflação. Já o petróleo valorizou pela terceira semana e os juros da dívida desagravaram-se na Zona Euro e EUA.

Stoxx 600 em máximos

As principais praças europeias negociaram em alta, com o índice Stoxx 600 a fixar novos máximos históricos em todas as sessões e a estabelecer a sua quarta semana de saldo positivo. O otimismo em torno da retoma global, a par com a manutenção dos apoios económicos e monetários, ofuscou os receios de inflação.

Bolsa nacional sobe 5% no ano

A bolsa lisboeta somou 0,18% no cômputo dos cinco dias, a acompanhar o sentimento positivo do resto da Europa, e a reforçar para 5,07% o seu ganho anual. O índice de referência nacional foi sustentado pelo bom desempenho de cotadas como a Sonae e os CTT.

Nos lidera ganhos no PSI-20

A Nos foi a cotada que mais tereno ganhou esta semana no PSI-20, a beneficiar do sentimento positivo no setor das telecomunicações após a Altice ter comprado 12,1% do capital da British Telecom.

Argenx brilha no Stoxx600

Uma das cotadas que mais sobressaiu esta semana pela positiva na Europa foi a biotecnológica holandesa Argenx SE, animada pelo anúncio de que recuperou os direitos mundiais do cusatuzumab, anticorpo monoclonal anti-CD70, usado no tratamento da leucemia mielóide aguda.

Biogen anima S&P 500

A norte-americana Biogen destacou-se nos ganhos desta semana do S&P 500, depois de a autoridade norte-americana do medicamento (FDA) ter aprovado o seu fármaco para o alzheimer desenvolvido em parceria com a japonesa Eisai Co. A última luz verde dada pela FDA a um medicamento contra esta doença tinha sido em 2003.

Dólar ganha tração

A nota verde ganhou terreno face a moedas de peso, como o euro e a libra, depois de os dados da inflação de maio revelarem uma subida superior ao estimado, levando os investidores a procurar ativos considerados seguros, como o dólar.

Petróleo sobe com maior procura

Os preços do crude subiram pela terceira semana consecutiva, com a ajuda das expectativas em torno do maior consumo de combustíveis nos EUA, Europa e China, numa altura em que o aumento do ritmo de vacinações contra a covid-19 está a fazer diminuir as curvas pandémicas.

Juros da dívida aliviam

Os juros da dívida pública voltaram a desagravar-se esta semana na Zona Euro e nos Estados Unidos. Com os receios que persistem em torno da subida da inflação, a dívida beneficia do estatuto de valor-refúgio e a maior aposta nas obrigações faz descer as “yields”.