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BBM registra 10 mil/t de algodão para entrega em 2023 a preços a fixar

16 jun 2021, 14:53 - atualizado em 16 jun 2021, 14:57
Agricultura, Agronegócio, Algodão, SLC Agrícola
Produtor tenta amarrar comprador para 2023 em dados da BBM (Imagem: YouTube/SLC Agrícola)

A tendência de aumentar o descasamento de oferta menor que a demanda de algodão em 2023 já fez a Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) registrar negócios envolvendo 10 mil toneladas para entrega naquele ano.

Os contratos futuros de Nova York, para aqueles 12 meses, estão entre 77 e 79,50 centavos de dólar por libra-peso – abaixo entre 5 e 8 c/lp das cotações de 2021 a outubro de 22 -, mas os produtores não estão fixando preços.

Segundo a corretora Santiago Cotton, em informação passada à BBM – que comercializa 60% do algodão brasileiro -, os negócios são a “preço a fixar”, com base, naturalmente, nas cotações dos meses de vencimentos das entregas em 2023.

Fica, assim, ao menos a garantia para o comprador do compromisso. E o risco é mais dele do que do vendedor, que, obviamente, não vai vender o produto abaixo dos preços internacionais da commodity.

Mas 2023 está longe para consolidar os preços futuros da bolsa americana. Muita água vai rolar.

A Conab está dando 2,3 milhões de toneladas nesta safra, abaixo das 3 milhões/t aproximadamente do ciclo anterior. Na próxima safra também não se espera uma reversão, tanto nos Estados Unidos por questões climáticas.

Além disso, o ambiente político entre China, principal comprador global, e Austrália, outro fornecedor importante, não é propício a negócios, de modo que o encurtamento das origens deverá dar gás aos preços.

E o consumo global também poderá estar em um outro cenário, já em total volta ao estado pré-pandemia.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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