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El Salvador oferece 30 dólares em bitcoin para impulsionar uso junto da população

O presidente do país, Nayib Bukele, vai oferecer aquilo que equivale a 0,00086 bitcoins a todos os cidadãos que instalarem a nova carteira digital criada pelo Governo e começarem a usar esta criptomoeda no país.

A bitcoin tem vivido um ano atribulado, com variações de preços robustas.
Reuters
Gonçalo Almeida goncaloalmeida@negocios.pt 28 de Junho de 2021 às 10:09
El Salvador tornou-se no primeiro país a aceitar bitcoin como uma moeda legal, mas a sua implementação não tem sido um desafio fácil de superar para o presidente, Nayib Bukele, um confesso fã da criptomoeda, que está agora a oferecer 30 dólares nesta moeda digital (o equivalente a 0,00086 bitcoins) a qualquer cidadão que abra uma conta na nova carteira digital criada pelo governo, de forma a incentivar o seu uso. 

Com a nova lei, que entra em vigor a 7 de setembro, os consumidores podem pagar às empresas com bitcoins através da sua carteira digital chamada "Chivo" por itens que estejam listados em dólares. As empresas podem optar por converter de imediato para dólares ou então recebem as bitcoins. 

"Por que criamos essa lei? Porque a bitcoin tem uma capitalização de mercado de 600 mil milhões de dólares e com isto, os investidores e turistas que têm bitcoin virão ao país e vão beneficiar os cidadãos de El Salvador e a economia", defende o presidente Bukele, numa conferência de imprensa.

A lei, que estabelece a legalidade apenas da bitcoin e não de outras criptomoedas, foi aprovada pelo Congresso de El Salvador a 8 de junho. Mas para isso, solicitou assistência técnica ao Banco Mundial para a elaboração de um regulamento com vista à instituição do sistema bitcoin como moeda de curso legal.

Só que o Banco Mundial disse que não apoiava esta decisão,
 por razões de transparência. Num comunicado, a instituição garante que "temos o compromisso de ajudar El Salvador de várias maneiras, incluindo transparência cambial e processos regulatórios".

No entanto, observa que "embora o governo nos tenha procurado para obter assistência sobre o bitcoin, não é algo que o Banco Mundial possa apoiar, dada a transparência e as deficiências ambientais".

A escalada de importância da bitcoin no país foi aprovada pelo Congresso do país, onde o partido de Bukele tem maioria absoluta (56 em 84 lugares), tendo recolhido 62 votos totais.

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