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Levantamento de restrições e valorização da libra indicam recuperação do turismo britânico em Portugal

A fintech Ebury, especializada em pagamentos internacionais, diz que, tendo em conta a preferência dos portugueses por destinos de praia, os destinos mais vantajosos em termos cambiais são o Dubai (Emirados Árabes Unidos), as Caraíbas e Zanzibar, na Tanzânia.
4 Agosto 2021, 16h20

O sector turístico português espera recuperar durante este verão os turistas perdidos com a pandemia. Uma análise feita pela fintech Ebury, que analisou a moeda dos principais emissores de turistas para Portugal fora da zona euro (nomeadamente Reino Unido e Brasil), destaca que a valorização da libra e o levantamento de restrições indicam a recuperação de viajantes britânicos.

“O Reino Unido viu, no último ano, a libra valorizar face ao euro, o que implica melhores condições para os turistas deste país. Esta valorização a par de uma campanha de vacinação avançada, favorece a vinda de turistas britânicos ao nosso país, este verão” afirma Duarte Líbano-Monteiro, diretor regional da Ebury para a Europa do Sul.

O Reino Unido, o principal país emissor de turistas fora da zona euro para Portugal, trouxe ao país dois milhões de passageiros em 2020, um valor muito abaixo do registado em 2019 de 9,4 milhões. Se a situação sanitária poderia causar de novo entraves à vinda de residentes britânicos a Portugal, agora com o levantamento da maioria das restrições e com a permissão de não quarentena a quem tiver a vacinação completa é devolvida a esperança à chegada de mais turistas britânicos este verão.

Já o Brasil, outro dos países que em 2019 registou maior número de turistas fora da zona euro, em Portugal, tem à partida piores condições para retomar o turismo em solo português. Desde logo porque qualquer brasileiro não residente em Portugal é obrigado a ficar 15 dias em isolamento profilático antes de poder circular. A somar-se a este grande entrave o Real desvalorizou significativamente face ao euro, no último ano.

Segundo o Fórum para a Competitividade, o turismo interno praticamente já recuperou para os níveis de 2019, no mês de julho. Já o turismo de não residentes, mantém-se francamente abaixo dos valores de 2019, com menos 72% de dormidas registadas.

As recentes medidas adotadas pelo Governo trazem alguma esperança à recuperação do sector, com o mercado interno ainda assim a dominar as estimativas de recuperação.

A evolução da pandemia e da vacinação nos outros países vai ser também determinante para a retoma do sector. Aliado a este fator de controlo sanitário soma-se ainda a valorização de algumas divisas face ao euro, quando olhamos para o mercado externo.

Dubai, Caraíbas e Zanzibar são boas escolhas em termos cambiais

A empresa especializada em pagamentos internacionais e câmbio de moeda salienta que, tendo em conta a preferência dos portugueses por destinos de praia, os destinos mais vantajosos em termos cambiais são o Dubai (Emirados Árabes Unidos), as Caraíbas e Zanzibar, na Tanzânia.

De fora destas escolhas mais vantajosas no que respeita ao câmbio, ficam Cabo Verde e o México, destinos cujas divisas locais valorizaram face ao euro, em especial o México com a valorização da moeda local em mais de 11% face à moeda única.

Mas em tempo de pandemia, o que vai ditar o destino de férias, além da opção mais vantajosa em matéria económica são certamente as condições sanitárias e de controlo da pandemia. Assim, com base nos destinos com menos casos registados e conjugando as habituais preferências dos portugueses, o Dubai pode ser uma das opções a considerar este ano.

Outros países, fora do radar mais habitual, mas que podem ser considerados serão a Tailândia, a Geórgia e a Croácia. A análise da Ebury, encontrou nestes países variações cambiais muito favoráveis para quem compra em euros e que conjugam o fator segurança, com a pandemia em níveis muito controlados em todos estes países.

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