O banco central da China considera que todas as transações feitas com recurso a criptomoedas são ilegais. A informação consta de uma página no site do Banco Popular da China (PBOC), onde são explicadas algumas das regras sobre as transações com criptoativos.

Segundo a agência Bloomberg, o banco central chinês considera que "todas as criptomoedas", nomeadamente a bitcoin ou a ether, não poderão circular no mercado. Além disso, também não estarão permitidas transações com criptomoedas incluindo serviços disponibilizados "offshore" aos residentes na China. Assim, quem recorra a este tipo de transação estará envolvido em "atividades financeiras ilícitas", considera o PBOC.

O mercado está a reagir em baixa a estes comentários. A bitcoin está a cair 3,8%, com o preço já nos 42.545 dólares. Também criptomoedas como a ether, a litecoin ou a dash estão a ceder mais de 7% esta manhã.

Também as ações de empresas ligadas à transação de criptomoedas estão a reagir em baixa a estas novidades vindas da China sobre um novo endurecer de regras para este mercado. Os títulos da Argo Blockchain, cotada em Londres, estão a desvalorizar 9,68%. A Northern Data AG, que disponibiliza infraestruturas para mineração de bitcoin, está a cair 2,52% em Frankfurt.

A China tem vindo a levar a cabo uma campanha contra as criptomoedas, nomeadamente através do aumento da regulação e de uma "caçada" aos mineradores de bitcoin. Apesar de grande parte das empresas que se dedicavam à mineração terem abandonado o país quando o escrutínio se intensificou, as empresas que ficaram camuflaram-se noutro tipo de atividades, mas continuam a emitir nova moeda digital, de forma ilegal. 

Parte desta caça de Pequim às criptomoedas está ligada à questão ambiental. Uma vez que a mineração de criptomoedas requer grandes quantidades de energia, a imprensa internacional refere que esta tentativa de limitar a atividade no país é importante para conseguir que o gigante asiático possa cumprir com as metas de descarbonização.