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Impacto da alta dos juros para o Inter é mais que o dobro da média dos outros bancos, diz UBS

04 out 2021, 20:10 - atualizado em 04 out 2021, 20:10
Só na sessão desta segunda-feira, os papéis do Inter despencaram 13,4%.  Nos últimos 30 dias, as ações embicaram 30%. (Imagem: Facebook/ Banco Inter)

O Banco Inter (BIDI11), que até pouco tempo era um dos grandes destaques da Bolsa, tem sofrido enormemente com a alta da curva da taxa de juros, aponta o UBS em relatório obtido pelo Money Times.

Pelos cálculos do banco suíço, a cada 100 bps (pontos-base) em custo do patrimônio líquido, se reduz a avaliação do Inter em 25%, enquanto o impacto para o BTG Pactual (BPAC11) é de 17% e os outros bancos 10%.

“Nós acreditamos que essa alta é um dos fatores mais relevantes para a fraqueza recente das ações do banco”, diz. 

Só na sessão desta segunda-feira, os papéis do Inter despencaram 13,4%.  Nos últimos 30 dias, as ações embicaram 30%. 

Mais cedo, o Inter divulgou sua prévia operacional. O banco atingiu a marca de 14 milhões de clientes no terceiro trimestre de 2021. O montante representa um crescimento de 16% no comparativo trimestral e de 94% em relação ao mesmo período de 2020.

O Super App da companhia ultrapassou 422 milhões de logins no terceiro trimestre, com o Inter Shop registrando R$ 946 milhões em GMV (volume bruto de mercadorias), salto de 151% na comparação ano a ano. O Inter Shop registrou mais de 6 milhões de vendas no período e uma adição de 438 mil clientes, totalizando 2,4 milhões de clientes ativos nos últimos 12 meses.

Na parte de Banking e Crédito, o Inter teve adição de 2 milhões de contas no trimestre, crescimento de 7,5% no comparativo trimestral e de 56% na comparação ano a ano. A companhia transacionou R$ 11,6 bilhões em cartões nesse intervalo, com o número de cartões utilizados chegando a 4,8 milhões. A originação de crédito atingiu R$ 5,5 bilhões.

Segundo o UBS, os números foram positivos. “A expansão geral do banco foi boa, embora tenha falhado em nossas expectativas em alguns segmentos (investimento para instância). Na qualidade dos ativos, os números fornecidos mostram um bom desempenho, sem qualquer indicação de provisões extraordinárias”, diz.

A recomendação do UBS para os papéis é neutra, com preço-alvo de R$ 81.

Já o Bradesco BBI reafirmou a recomendação de compra para o Inter após a divulgação dos dados.

A corretora estimou um preço-alvo de R$ 81 para as units da instituição financeira.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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