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70% das empresas portuguesas vão permitir regresso ao escritório até final do ano

Estudo da Willis Towers Watson revela que empresários portugueses não obrigam à vacinação no regresso ao trabalho presencial, mas encorajam os colaboradores a serem vacinados.
6 Outubro 2021, 12h01

O estudo Tendências em Benefícios 2021 da Willis Towers Watson, divulgado esta quarta-feira, 6 de outubro, revela que 70% dos empregadores portugueses planeiam permitir um regresso ao trabalho presencial para a maioria dos colaboradores que o deseje, até ao final de 2021. Uma fatia de 19% não tem ainda certa a data em que isso acontecerá, enquanto 7% aponta o primeiro trimestre de 2022.

Para realizar este estudo, a multinacional de consultoria, corretagem e soluções Willis Towers Watson questionou executivos seniores de 70 empresas portuguesas entre maio e junho de 2021.

Confrontados sobre o fim dos protocolos de segurança nos locais de trabalho, 42% dos inquiridos manifestam-se incertos sobre quando é que as medidas vão terminar e 23% dizem acreditar que seja até ao final deste ano.

O estudo revela ainda que 72% dos empregadores (sete em 10) dizem que não vão impor a vacinação no regresso ao trabalho presencial. Apenas 2% defende que deveria ser obrigatório e 12% admite que está a considerar a hipótese.

As empresas portuguesas confessam estar mais interessadas em encorajar os colaboradores a vacinar-se do que insistirem na vacinação: uma em cada cinco (20%) realizou campanhas de comunicação nesse sentido e 30% planeiam vir a fazê-lo.

Outros empregadores vão mais longe: um em cada oito (12%) dos inquiridos incentiva os colaboradores a serem vacinados, com dinheiro ou tempo extra de férias, enquanto 10% considera vir a fazê-lo. Contudo, a maioria (58%) não pondera a possibilidade de oferecer quaisquer incentivos.

Tendências em Benefícios 2021 abordou, também, o futuro dos regimes de trabalho nas empresas portuguesas e concluiu que dentro de dois anos, apenas 45% dos colaboradores deverão trabalhar no escritório durante, pelo menos, 80% do seu tempo, em comparação com os 33% registados atualmente e os 86% do pré-pandemia.

De acordo com os inquiridos, dentro de dois anos, 35% dos colaboradores deverão estar num regime híbrido entre trabalho presencial e remoto, enquanto 20% trabalharão a partir de casa pelo menos 80% do tempo. Há dois anos, apenas 8% dos colaboradores trabalhavam em regime híbrido e 5% à distância.

“Um regime de trabalho híbrido, que mistura o trabalho remoto e o presencial, vai ser uma grande parte do futuro. Dentro de dois anos, um em cada três trabalhadores poderá estar num modelo híbrido”, afirma considera Alexandre Falcão, Associate Director de Health and Benefits, da Willis Towers Watson. “O mercado tem sofrido grandes mudanças durante esta pandemia da Covid e as pessoas vão precisar de apoio neste caminho. Há muitos benefícios no trabalho híbrido, pois as pessoas podem misturar o melhor do trabalho em casa e no escritório, mas os empregadores precisam de se concentrar e acertar os pormenores deste novo modelo”.

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